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Painel do Agronegócio e Estatísticas da Proteína Animal são lançados na Expointer

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O estudo destaca a importância da agropecuária para a economia gaúcha
O estudo destaca a importância da agropecuária para a economia gaúcha - Foto: Daniela Barcellos/Palácio Piratini
Por Darlene Silveira

Médicos veterinários, engenheiros agrônomos, zootecnistas e economistas uniram-se para contribuir com a análise conjuntural e ampliar o entendimento da sociedade sobre o papel do setor do agronegócio no processo de desenvolvimento econômico gaúcho e brasileiro. Esse é o objetivo do 'Painel do Agronegócio do Rio Grande do Sul - 2017', lançado nesta sexta-feira (1º) na 40ª Expointer, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Na ocasião, foi apresentado também o estudo 'Estatísticas da Proteína Animal no RS'. As duas publicações são uma parceria entre a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) e a Fundação de Economia e Estatística (FEE) e estão disponíveis nos sites das duas instituições (no site da SEAPI, em Serviços e Informações>Informações Agropecuárias).

Segundo o economista e coordenador do Núcleo de Estudos do Agronegócio da FEE, Rodrigo Feix, essa é a terceira edição do Painel, que disponibiliza um conjunto de informações sobre o agronegócio, em suas diferentes dimensões. O estudo destaca a importância da agropecuária para a economia gaúcha; os principais segmentos da agropecuária do Rio Grande do Sul; a agricultura familiar e o cooperativismo agropecuário; e a indústria de máquinas e implementos agrícolas.

Dados do Censo Agropecuário 2006 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que existem no Rio Grande do Sul mais de 440 mil estabelecimentos agropecuários, perfazendo uma área de 20,3 milhões de hectares. Em torno de 45% da área de estabelecimentos agropecuários do estado são ocupadas por pastagens, e 34% por lavouras permanentes e temporárias.

Feix afirmou que, em 2014, o Rio Grande do Sul contribuía com 11,6% do total do Valor Adicionado Bruto (VAB) da agropecuária brasileira, ocupando a primeira posição no ranking nacional. “Em termos de valor adicionado, a contribuição gaúcha para a agricultura nacional é superior à da pecuária: 12,6% e 11%, respectivamente", falou.

Outro dado destacado pelo economista é que, de acordo com estatísticas do PIB municipal, calculadas pela FEE, em 2014, a agropecuária era a principal atividade econômica em 111 municípios gaúchos. Conforme Feix, em 2017, tanto o Brasil quanto o Rio Grande do Sul registraram uma safra recorde de grãos e a recuperação da produção de praticamente todas as principais culturas temporárias e permanentes. “Em 2016, com exceção da soja, todas as demais culturas tiveram uma perda considerável. Em 2017, foram produzidas, no estado, 19 milhões de toneladas de soja”. Segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de 2017, do IBGE, a soja, considerado o principal produto do estado, apresentou crescimento de 15,7% no Rio Grande do Sul e de 19,7% no Brasil.

O Painel também mostrou que, em termos nacionais, o Rio Grande do Sul sobressai-se na produção de uma série de produtos agropecuários. Na agricultura, o destaque fica para as culturas de arroz, uva, fumo, maçã, trigo e soja. Na pecuária, a criação de suínos e frangos, além da produção leiteira.

As fontes do Painel do Agronegócio do Rio Grande do Sul - 2017 são o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); a FEE; os ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); do Trabalho e Emprego (MTE); do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC); Seapi; Banco Central do Brasil; e Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Estatísticas da Proteína Animal no RS

Para ajudar o produtor rural a acompanhar a conjuntura do setor de proteína animal do estado, foi criado, este ano, o Grupo Técnico de Economia Rural da Seapi, que tem como parceira a FEE. "O grupo é fruto do Termo de Cooperação Técnica entre as duas instituições, assinado em 2016. E desse trabalho nasceu a publicação Estatísticas da Proteína Animal no RS", explicou o engenheiro agrônomo da Seapi, Fabrício Nunes. A ideia, segundo ele, é que a divulgação atualizada ocorra semestralmente.

As estatísticas e as análises divulgadas têm como principal referência o banco de dados do Departamento de Defesa Agropecuária da Seapi (DDA/Seapi). "Há informações relevantes dos produtores rurais nas Guias de Transporte Animal", esclareceu Nunes.

Conforme o estudo, os resultados expressos nas estatísticas de animais guiados para abate no Rio Grande do Sul, referentes ao primeiro semestre de 2017, refletem o quadro de dificuldades conjunturais a que está submetida a cadeia produtiva da proteína animal no Brasil. Das quatro principais atividades pecuárias dedicadas à produção de carne, apenas a bovinocultura registrou crescimento em relação ao primeiro semestre de 2016, de 3,2%. O número de frangos guiados para abate recuou 8,1%, enquanto o de suínos e o de ovinos registraram quedas de 5,6% e 20,3% respectivamente.

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