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Pesquisa avalia controle biológico de podridão-do-colo em feijão

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Resultados da pesquisa foram publicados este mês na revista científica Plant and Soil, referência internacional na área
Resultados da pesquisa foram publicados este mês na revista científica Plant and Soil, referência internacional na área
Por Elaine Pinto

Pesquisadores do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (DDPA/Seapi) e do Departamento de Genética da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) estão avaliando bactérias para controlar infestações do fungo Sclerotium rolfsii, responsável pela podridão-do-colo no feijão, o que ocasiona grandes perdas a este tipo de cultura. Resultados da pesquisa foram publicados este mês na revista científica Plant and Soil, referência internacional na área de Ciência do Solo.

No artigo publicado, o grupo avaliou, dentro do Laboratório de Microbiologia Agrícola do DDPA, 78 diferentes bactérias da coleção Semia. Esta coleção é responsável pela manutenção e distribuição das estirpes de bactérias recomendadas para o uso em inoculantes comerciais para culturas leguminosas no Brasil. “Algumas bactérias benéficas podem se associar a plantas e promover seu crescimento, além de protegê-las de doenças causadas por outros microrganismos ou mesmo de estresses abióticos do ambiente”, explica o engenheiro florestal Jackson Brilhante, que integra a equipe de pesquisa.

Das seis bactérias que foram escolhidas para serem inoculadas em um feijoeiro cultivado em um campo severamente infectado com o fungo, as mais eficazes diminuíram a morte das plantas em quase 20%. Os dados apresentados apontam para a possibilidade de utilização destas bactérias no controle biológico do fungo em feijões. “Uma das bactérias avaliadas já é reconhecida como eficiente na fixação biológica de nitrogênio, sendo permitida para a produção comercial de inoculantes no Brasil. Os resultados da pesquisa demonstram que poderiam também ser comercializadas para o biocontrole da podridão-do-colo em lavouras de feijão”, conclui o pesquisador.

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