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Estado deverá ter temperaturas e chuvas próximas da média até setembro

Publicação:

Experimento com culturas de inverno Júlio de Castilhos
Estado sanitário das culturas de inverno deve ser monitorado durante o período

O monitoramento da temperatura da superfície do mar indica neutralidade no padrão do Oceano Pacífico Equatorial para os próximos três meses, o que significa chuvas e temperaturas próximas da média para julho e agosto, com possibilidade de temperaturas e umidade relativa do ar mais elevadas em setembro. É o que aponta o boletim trimestral do Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul (Copaaergs).

O prognóstico para o mês de julho indica que as chuvas serão pouco acima da média no sul do Estado e próximas da média nas demais áreas. Para o mês de agosto, esperam-se chuvas pouco abaixo da média no noroeste e próximas da média nas demais regiões. Em setembro, as chuvas deverão ficar pouco acima da média no sul, leste e nordeste, e próximas da média nas demais áreas.

Com relação às temperaturas, a maior frequência das frentes frias contribuirá para maiores variações ao longo deste trimestre, com a previsão de temperaturas médias próximas da climatologia nos meses de julho e agosto e acima no mês de setembro.

O boletim do Copaaergs é elaborado a cada três meses por especialistas em Agrometeorologia de 14 entidades públicas estaduais e federais ligadas à agricultura ou ao clima. O documento também lista uma série de orientações técnicas para as culturas do período.

Culturas de inverno

1. Promover práticas de manejo visando a adubação de cobertura, controle de pragas, doenças e plantas daninhas;

2. Realizar a adubação com nitrogênio em cobertura somente quando houver boas condições de umidade no solo e consultar a previsão de tempo para evitar a aplicação antes de precipitações intensas, de modo a reduzir perdas por lixiviação;

3. Monitorar o estado sanitário das lavouras, atentando para condições de alta temperatura e umidade relativa do ar especialmente no mês de setembro, o que favorece a ocorrência de doenças fúngicas.

Arroz

1. Considerando a escassez de água nos últimos meses e, que o prognóstico climático para o trimestre julho-agosto-setembro indica tendência de chuvas em torno da média, os produtores devem ficar atentos para questão da captação e armazenamento de água para próxima safra;

2. Dentro do possível, dar continuidade à adequação das áreas destinadas à lavoura na próxima safra, principalmente às atividades de preparo e sistematização do solo e drenagem, para possibilitar a semeadura na época recomendada pelo zoneamento agrícola;

3. Para semeaduras “do cedo”, entre o mês de setembro até meados de outubro, quando a temperatura do solo for baixa, atentar para que a profundidade da semeadura não seja superior a dois centímetros, a fim de evitar redução no estande de plantas e a consequente desuniformidade no estabelecimento inicial da cultura;

4. Atentar para manutenção da drenagem após a emergência das plantas, para evitar prejuízos no estabelecimento inicial em função do prognóstico de chuvas acima da média no mês de setembro.

Culturas de primavera-verão

1. Fazer o manejo de culturas de inverno destinadas à proteção do solo;

2. Iniciar a semeadura quando a temperatura do solo, a 5 cm de profundidade, estiver entre 16° e 18°C, respeitando o zoneamento agrícola;

3. Escalonar a época de semeadura e utilizar cultivares de diferentes ciclos;

4. Para a cultura do milho, caso sejam planejadas duas safras, deve-se antecipar o máximo possível a semeadura, respeitando-se o zoneamento agrícola.

Hortaliças

1. Dar especial atenção para evitar irrigação em excesso e, quando necessário irrigar, dar preferência ao sistema de gotejamento;

2. Em cultivos protegidos, para melhorar a disponibilidade de radiação solar, realizar a limpeza do plástico da cobertura;

3. Atentar para manutenção das condições térmicas e de ventilação para evitar acúmulo de umidade do ar em ambientes protegidos;

4. Quando houver previsão de formação de geadas indica-se o uso de irrigação por aspersão como método de combate à geada;

5. O prognóstico de precipitação pluvial (chuva) um pouco acima da média no mês de setembro requer atenção quanto à necessidade de monitoramento de doenças, principalmente daquelas favorecidas pelo molhamento da parte aérea e pelo excesso de umidade no ar ou no solo;

6. Considerando o prognóstico de temperaturas do ar acima da média no mês de setembro, evitar posicionamento de cultivares de inverno a partir de meados de agosto, pois a alta temperatura do ar na fase reprodutiva, no final de ciclo das espécies olerícolas, pode ocasionar distúrbios fisiológicos.

Fruticultura

1. Preservar a cobertura verde nos pomares seja por meio de espécies cultivadas ou espontâneas, para conservação das propriedades do solo e armazenamento de água;

2. Com a projeção de adequado acúmulo de frio no período hibernal para quebra de dormência de frutíferas de clima temperadas, ajustar a aplicação de produtos químicos conforme a necessidade de frio das cultivares;

3. Em cultivos protegidos, para melhorar a disponibilidade de radiação solar, realizar a limpeza do plástico da cobertura;

4. Quando houver previsão de formação de geadas indica-se o uso de irrigação por aspersão como método de combate à geada. 5. Na implantação de pomares dar preferência a encostas com exposição norte e sem barreiras abaixo do pomar, para facilitar o escoamento do ar frio e minimizar os riscos de dano por geadas.

Silvicultura

1. Para povoamentos florestais, recomenda-se para áreas de ocorrência de geada o plantio de espécies de eucalipto (Eucalyptus viminalis, Eucalyptus dunnii e Eucalyptus benthamii);

2. Para viveiros, recomenda-se a utilização de coberturas plásticas que proporcionem condições microclimáticas adequadas para as mudas florestais em épocas frias, bem como a aplicação de água por aspersão nas mudas durante a noite, como método de combate à geada, quando houver previsão de formação de geadas.

Pastagens

1. Tendo em vista o baixo crescimento das pastagens naturais no período de outono-inverno, recomenda-se manter número reduzido de animais na área;

2. Fornecer suplemento aos animais (ex. feno, silagem, ração) mantidos em pastagem natural com baixa disponibilidade de forragem;

3. Realizar o manejo indicado para as forrageiras de inverno, anuais ou perenes;

4. Realizar adubação nitrogenada em cobertura nas gramíneas cultivadas de inverno.

Os boletins Copaaergs ficam disponíveis na seção de Agrometeorologia da SEAPDR: www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia.

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