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Definido cronograma para reposição ecológica agroflorestal em aldeias guarani do Estado

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Aldeia Guabiju, de Cachoeira do Sul, vai ser uma das beneficiadas pelo projeto de reposição ecológica agroflorestal
Aldeia Guabiju, de Cachoeira do Sul, vai ser uma das beneficiadas pelo projeto de reposição ecológica agroflorestal - Foto: Divisão Indígena DDAPA/SEAPDR
Por Divulgação/Seapdr

O projeto de recuperação de áreas degradadas de duas aldeias guarani, a Guabiju, em Cachoeira do Sul, e Guavira Poty (ex-Karandy), em Camaquã, começou a ser desenhado nesta segunda-feira (9), em reunião na Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) com membros do comitê gestor Interinstitucional responsável pelo desenvolvimento do projeto. O trabalho será executado em parceria com líderes das duas aldeias. "Este projeto vai recuperar áreas degradadas e melhorar o ambiente destas aldeias", afirma o secretário da Agricultura, Covatti Filho.

O encontro contou com a participação do diretor do Departamento de Desenvolvimento Agrário, Pesqueiro, Aquícola, Indígenas e Quilombolas (DDAPA)da Seapdr, Carlos Pacheco, e dos servidores Márcia Londero, Ignácio Kunkel e Diocela Gonçalves, além de Eliza Castilla e Rodrigo Cossio, do Centro de Trabalho Indigenista (CTI), ONG responsável pela execução do projeto, Mariana Soares, da Emater, conveniada da Seapdr, e Joana Bassi, da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema).

Reunião do Comitê Gestor Interinstitucional aconteceu nesta manhã (9) na Secretaria da Agricultura
Reunião do Comitê Gestor Interinstitucional aconteceu nesta manhã (9) na Secretaria da Agricultura - Foto: Divisão Indígena DDAPA/SEAPDR

Durante o encontro, o comitê definiu o cronograma de trabalho, que terá início com a primeira visita da equipe do CTI e da Divisão Indígena do DDAPA até a aldeia Guavira Poty, em Camaquã, nesta quarta-feira (11). Em janeiro e fevereiro serão realizadas reuniões de apresentação do projeto com os indígenas, as prefeituras e as regionais da Emater.

Em março, ocorrerá a primeira etapa do Etnomapeamento, metodologia criada pelo governo federal através da Política Nacional de Gestão Territorial de Terras Indígenas (PNGATI)). A oficina será realizada para a definição das áreas com locais para frutíferas, plantas medicinais, sementes, plantas sagradas, entre outros espaços. “Este trabalho deverá primar pela construção de um ambiente de bem-viver para os indígenas, uma tekoá (o lugar do modo de ser guarani)”, explica a socióloga Márcia Londero, da assessoria técnica do DDAPA, divisão indígena.

Em maio, serão escolhidas as mudas, feita a compra de ferramentas e o preparo do solo. E nos meses de julho e agosto deve começar o plantio. 

primeira visita da equipe do CTI e da Divisão Indígena do DDAPA até a aldeia Guavira Poty, em Camaquã, no dia 11 deste mês
Primeira visita da equipe do CTI e da Divisão Indígena do DDAPA até a aldeia Guavira Poty, em Camaquã, no dia 11 deste mês - Foto: Divisão Indígena DDAPA/SEAPDR

As aldeias serão contempladas com a implantação de 2 hectares de agroflorestas e o plantio de 6 mil mudas com ações que envolvem toda a comunidade na recuperação de áreas degradadas. O projeto desenvolvido pelo DDAPA foi aprovado pelo Departamento de Biodiversidade da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) e receberá R$ 305.296,15.

O recurso provém dos passivos ambientais de Reposição Florestal Obrigatória (RFO), no qual empresas em débito com a Sema podem reverter este passivo em financiamento de projetos ambientais (compensação ambiental).

O projeto de restauração ecológica agroflorestal deve se estender até 2021. Entre os objetivos, o plantio de 6 mil mudas e o trabalho com espécies florestáveis em 1 hectare em cada uma das aldeias. Também vão ser instalados cinco quintais agroflorestais em 0,2 ha e plantadas 500 mudas na aldeia Guavira Poti (ex-Karandy), em Camaquã, e 11 quintais na aldeia Guabiju, em Cachoeira do Sul,em 0,44 ha com o plantio de 1,1 mil mudas.

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