A Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi), por meio da Câmara Setorial da Apicultura e Meliponicultura (Casam) e do Departamento de Defesa Agropecuária (DDA), em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), promoveram, de 25 a 27 de abril, uma capacitação em aspectos relacionados à apicultura e meliponicultura. O curso ocorreu na Estação Experimental Agronômica da Ufrgs, em Eldorado do Sul, e foi voltado, primeiramente, para técnicos das inspetorias ligadas ao DDA. “Essa capacitação visa nivelar as informações técnicas e os procedimentos a serem adotados pela Seapi, de tal forma que os encaminhamentos tenham soluções viáveis, com viés conciliatórios e fortalecimento de mais este setor produtivo no Rio Grande do Sul - a apicultura e a meliponicultura”, explicou o coordenador técnico da Casam, Nadilson Ferreira. Uma nova edição do curso está prevista para outubro, além de outros encontros envolvendo entidades parceiras no processo.

 Segundo Ferreira, a produção de mel no Estado oscila entre 6,5 mil e 8 mil toneladas por ano, valores que dão ao Rio Grande do Sul o título de maior produtor brasileiro de mel. “A partir do processo de reativação da Câmara Setorial da Apicultura e Meliponicultura, em 2015, procurou-se formar bases legais na expectativa de desenvolvimento estável e crescente do setor”, contou. Atualmente, encontra-se na Assembleia Legislativa Estadual um Projeto de Lei que cria uma política e um programa voltado para a apicultura e a meliponicultura. “Apesar disso, o setor preocupa-se ainda com o fenômeno da morte de abelhas, fato observado em todo o território estadual, onde o número de perdas pode situar-se na casa das milhares de colmeias, entre perdidas ou ameaçadas. Por isso foi criado um Grupo de Trabalho dentro da Casam que está tratando do assunto. Como resultado, será apresentado um relatório ao secretário Ernani Polo, com propostas decorrentes desse GT, ainda no mês de maio”. 

O coordenador disse ainda que as atividades da Câmara Setorial renderam outras linhas de ação como ajuste da Guia de Transporte Animal (GTA) ao setor, a construção de uma campanha para esclarecimento e incentivo ao registro dos produtores nas inspetorias veterinárias (em processo de formação), além de uma normativa de transporte de abelhas no território do Rio Grande do Sul, com previsão de ser publicada ainda nesse semestre, sendo a primeira legislação do gênero no País.