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Workshop debate exportação de frutas

Iniciativa foi da Secretaria da Agricultura, Ministério e Abrafrutas

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O presidente da Abrafrutas, Luiz Roberto Barcelos, e o secretário Ernani Polo
O presidente da Abrafrutas, Luiz Roberto Barcelos, e o secretário Ernani Polo - Foto: Eduardo Oliveira
Por Elaine Pinto

Produção, comércio e exportação de frutas foi o tema de workshop realizado na manhã desta sexta-feira (1º) no auditório da Farsul, promovido pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi), Farsul, Senar-RS, Emater/RS-Ascar e Embrapa.

O secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação, Ernani Polo, contou que a ideia do workshop surgiu durante missão realizada à Espanha no mês passado, com o objetivo de prospectar novos mercados para a fruticultura do Estado. “Estimular a produção é importante e necessária, mas precisamos focar também na colocação do produto. Esse encontro de hoje foi programado para que tivéssemos representantes de todas as entidades envolvidas, de maneira que as informações compartilhadas aqui possam ser disseminadas por toda a cadeia produtiva”, destacou.

O presidente da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Luiz Roberto Barcelos, abordou o potencial da exportação de frutas de mesa, um assunto que conhece bem: Barcelos é o maior exportador de frutas do Brasil e o maior produtor de melão do mundo, com mais de 10 mil hectares cultivados no Nordeste, empregando mais de 9 mil colaboradores.

Para Barcelos, exportar é fundamental para garantir a diversificação da carteira de clientes ao atuar em novos mercados. “Exportação diversifica o mercado consumidor e deixa seu negócio menos dependente das oscilações da economia doméstica. Assim temos alternativas em tempos de crise, e com a adequação a procedimentos e exigências de outros países, também temos ganhos no mercado interno”, detalhou.

O Brasil é o terceiro produtor mundial de frutas, mas exporta apenas 2,5% do que produz. A maioria vai para a União Europeia e as principais frutas brasileiras exportadas são manga, melão, castanhas-do-pará e de caju, limões e limas, uva, mamão, melancia, banana, maçã, laranja e abacate. De acordo com Barcelos, a fruticultura é uma cadeia muito espalhada e diversa, o que motivou a criação da Abrafrutas. “A fruticultura sofre com a desorganização e a falta de representatividade em Brasília. Sentimos que precisávamos organizá-la para nos fazermos ouvir”, contou.

Números da Ceasa

O diretor técnico operacional da Ceasa/RS, Ailton Machado, apresentou dados sobre centrais de abastecimento no Estado no que diz respeito à comercialização de frutas. Segundo o diretor, a Ceasa comercializa de 40 a 45% de todas as frutas e legumes do Estado. “A Ceasa/RS é composta por cerca de 4 mil produtores e 300 empresas e, nos dias mais movimentados, recebe um fluxo de 15 mil veículos e 40 mil pessoas no complexo de abastecimento”, contou. As 15 principais frutas comercializadas na Ceasa são banana, melancia, maçã, laranja, mamão, abacaxi, tangerina, manga, limão, pêssego, morango, pêra, abacate e ameixa.

Fruticultura no RS

O engenheiro agrônomo Antonio Conte, coordenador de fruticultura, da Emater, falou sobre o panorama da fruticultura no Estado. São 133.459 hectares cultivados por quase 50 mil agricultores, com produção de quase 2,8 milhões toneladas por ano. As principais culturas de fruta no Estado são uva, bergamota, laranja, maçã, banana, melancia, morango e pêssego. “Destaco também duas novas cadeias produtivas, que vêm se organizando e conquistando espaço apesar de pouco tempo de produção: oliveiras e noz-pecã”, enumerou.

Manejo fitossanitário

O pesquisador Marcos Botton, da Embrapa Uva e Vinho, falou sobre manejo fitossanitário e sua importância para a produção e exportação de frutas. Ele explicou que, para conquistar o mercado externo, é preciso estar atento às especificidades de cada país para exportação, e que as principais barreiras comerciais à exportação de frutas são resíduos de defensivos agrícolas e pragas. “A sanidade em um pomar começa com o material propagativo, com as mudas”, alertou. Botton acredita que é preciso definir o que é prioritário para a fruticultura gaúcha em termos de mercado externo, para concentrar esforços no estímulo à produção e integrar todos os participantes da cadeia produtiva.

Estiveram presentes ao workshop o superintendente federal do MAPA, Bernardo Todeschini; o representante do Ministério para assuntos internacionais, Evaldo da Silva Júnior; o diretor administrativo da Farsul, Francisco Lineu Schardong; o diretor técnico do Sebrae, Airton Pinto Ramos; o superintendente do Senar/RS - Gilmar Tietbohl; e o chefe-geral da Embrapa Uva e Vinho, Mauro Celso Zanus.

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