A área irrigada em culturas de sequeiro (soja, milho, fumo, feijão, hortícolas e pastagens) no Rio Grande do Sul alcançou 276.500 hectares. A afirmação foi feita pelo secretário adjunto da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Aureo Mesquita, durante a assinatura de contratos de subvenção do Mais Água, Mais Renda, realizada nas atividades do “Dia de Campo”, em Boa Vista das Missões.  

De acordo com Áureo, as adesões ao programa na região de Palmeira das Missões correspondem a 10% dos projetos apresentados. Com uma política de incentivo à irrigação, a área com uso da tecnologia cresceu 160% nos últimos três anos e ao final do primeiro semestre de 2014 alcançou a marca de 171.500 novos hectares irrigados. O número supera toda história da irrigação em culturas de sequeiro no estado, que até 2010, correspondia a 105 mil hectares. O avanço, segundo Aureo Mesquita, também é resultado do programa Mais Água, Mais Renda, que possibilita mais agilidade no licenciamento ambiental e incentivo financeiro para a implantação ou ampliação do uso de sistemas de irrigação.

Com o Programa, que foi instituído pela Lei 14.244/2013  e serve de modelo para o restante do País, o agricultor pode contar com o instrumento de subvenção de irrigação, em que o Governo Estadual reembolsa parte do investimento privado aos produtores, com índices de 12% a 30%.

A utilização de sistemas de irrigação associada a outras técnicas de cultivo como a rotação de culturas pode significar bons resultados para os produtores, garantindo renda durante o ano todo. Em alguns casos, os ganhos em produtividade aumentam em mais de 60%. “Historicamente, o Rio Grande do Sul apresenta um cenário que em cada dez safras, sete sofrem interferências climáticas como estiagem. Dessa forma, podemos afirmar que a irrigação é o melhor seguro agrícola para o produtor. É uma ação preventiva que com certeza é recompensada com o aumento da produção e por consequência de renda ao final da colheita”, salientou Aureo Mesquita.