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Atendimento às notificações de doenças vesiculares são tema de treinamento da Secretaria da Agricultura

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Parte prática do treinamento "Atendimento às notificações de doenças vesiculares". Foto: Fernando Dias/Seapi
Por Darlene Silveira

Existe uma suspeita de febre aftosa em quatro propriedades no município de Tapes. Produtores notificam a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) para a verificação. Quatro equipes com 35 servidores médicos veterinários ao todo são acionados e partem para os locais para o pronto atendimento. A história é fictícia, já que o Rio Grande do Sul possui status de zona livre de febre aftosa sem vacinação, mas poderia ser real. A simulação faz parte do treinamento "Atendimento às notificações de doenças vesiculares", que ocorreu durante toda esta semana com aulas teóricas e práticas em Tapes. A realização foi da Seapi, em conjunto com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), e teve apoio do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa).

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Coleta de material. Foto: Fernando Dias/Seapi

"As notificações de doenças vesiculares, que têm como sinais vesículas (bolhas), entre elas a febre aftosa, feitas por produtores ou médicos veterinários que atendem às propriedades, são recebidas nas inspetorias das regionais do Estado. Então, precisamos dar uma pronta resposta em até 12 horas, para diferenciar o diagnóstico de febre aftosa de outras doenças vesiculares sem impacto sanitário", explicou a fiscal estadual agropecuário, médica veterinária Grazziane Rigon, que integra a Coordenação Estadual do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa da Seapi (PNEFA-RS).

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Cerca de 40 bovinos participaram do treinamento. Foto: Fernando Dias/Seapi

"A ideia do treinamento então é fazer com que esse atendimento tenha o máximo de excelência, de qualidade. Que os servidores saibam coletar e acondicionar adequadamente os materiais necessários, para que eles cheguem ao nosso nível central, no laboratório de triagem, em Porto Alegre, e sejam enviados para um laboratório de referência, que dará o diagnóstico", complementa Grazziane. "A maioria das doenças que compõem as síndromes vesiculares afeta diversas espécies de produção, principalmente bovinos e suínos, e, até mesmo, equinos".

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Médico veterinário examina a pata do bovino. Foto: Fernando Dias/Seapi

E um dos palcos para o treinamento prático foi uma fazenda de 170 hectares na localidade de Capão Alto em Tapes. A proprietária Patrícia Barbosa cedeu o espaço com a mangueira e o tronco para a contenção dos bovinos. "É que dá mais segurança para os profissionais trabalharem", avaliou. A produtora, que também é médica veterinária da prefeitura de Cerro Grande do Sul e atua na inspetoria de Tapes, possui cerca de 150 bovinos mestiços e da raça Red Angus. "Do treinamento participaram 40 exemplares. Como a prefeitura é conveniada com o Estado, ofereci a propriedade para a prática".

O diretor substituto do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA) da Seapi, Francisco Lopes, foi monitor de uma das equipes, além de fazer o "papel" de um produtor na simulação. "Foi criada uma história sobre a propriedade, e as dúvidas que ocorreram eu respondi", contou.

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Participantes desinfetam equipamentos. Foto: Fernando Dias/Seapi

"A equipe fez todos os procedimentos clínicos para visualização de boca, língua, pata, para verificar sinais de doenças vesiculares. A gente mostra imagens de lesões para a simulação, para eles fazerem as análises, verificarem a lesão, quantos dias tem aquela lesão pela imagem, detectarem quando o suposto foco teria iniciado", comentou Lopes.

Segundo ele, as partes teórica e prática do curso são baseadas no Plano de Contingência para Febre Aftosa. " Onde tem a parte estratégica e a tático-operacional, que envolve todas as questões do atendimento, com boa ênfase na questão de cuidados de biossegurança".

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Treinamento prático foi feito em uma mangueira da propriedade em Tapes. Foto: Fernando Dias/Seapi

A fiscal estadual agropecuário e médica veterinária Luciane Marques, da Inspetoria Veterinária de Viamão, Regional Porto Alegre, estava fazendo o treinamento prático, que dura em torno de duas horas e meia, pela primeira vez. "Foi muito importante para nós, porque não temos uma vivência tão prática dos procedimentos a serem adotados, uma vez que não temos a doença, então a simulação foi bem importante. A parte teórica foi ótima, a parte prática excelente. A gente teve contato com os animais para fazer a prática. Hoje eu me sinto mais preparada para enfrentar uma situação real do que antes".

Já o fiscal estadual agropecuário Paulo Henrique Ferronato, da Inspetoria de São Luiz Gonzaga, estava realizando o curso pela segunda vez. "Em 2017, quando ingressei na Seapi, recebi um treinamento de atendimento à febre aftosa, e agora é um aperfeiçoamento, uma revisão das atividades que a gente pode vir a atender a campo quando da notificação de uma doença vesicular", disse.

"Qualquer treinamento é muito importante para que a gente esteja atualizado na forma de proceder. Para quando chegar uma situação real sabermos agir da melhor forma possível para combater as doenças de forma mais eficiente, principalmente as de grande importância para a economia e a sanidade do Estado, como a febre aftosa", alertou.

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