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Atento à expansão comercial de Cuba, o Rio Grande do Sul marcou presença na abertura da 30ª Feira Internacional de Havana

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Comitiva visitou astande de empresa gaúcha - Foto: Caco Argemi/Palácio Piratini

No último domingo (4), dia do Brasil no evento, a comitiva empresarial liderada pelo governador Tarso Genro visitou o estande da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex). Até o encerramento do evento, no dia 10, o local vai abrigar 29 representantes de empresas brasileiras, das quais oito gaúchas, do setor calçadista, de máquinas e implementos agrícolas e alimentação, entre outras. Além de estreitar o intercâmbio com o país caribenho, o RS quer consolidar sua presença como um dos principais parceiros da ilha.

O governador destacou o processo de reformulação da economia cubana e garantiu que a feira é uma oportunidade de ampliar as parcerias comerciais. "O governo está fazendo uma reestruturação da economia, separando a administração das empresas estatais do Estado com gerências profissionais em regimes de colaboração com empresas privadas que vem de fora. É um desenvolvimento de economia mista, que cria uma relação mercantil". 

Acompanhado de secretários, parlamentares e empresários gaúchos, o chefe do Executivo lembrou que o RS vai apresentar a experiência de economia solidária ao governo cubano, que estimula negócios das micro e pequenas empresas. "Vamos oferecer a nossa experiência do microcrédito, temos uma experiência muito forte no Brasil. O fortalecimento e o crescimento da renda em Cuba é fundamental para que essas relações comerciais e de complementaridade produtiva de intercâmbio deem certo".

O governador ressaltou ainda que a iniciativa da missão gaúcha, que fez os primeiros contatos com o governo cubano em março, foi fundamental para a consolidação dos acordos de cooperação firmados entre Havana e RS. "Tenho certeza de que a nossa visita foi num momento chave. Se fosse um pouco antes ou pouco depois, poderia dar errado. Sabemos das dificuldades dos cubanos para assinar protocolos de cooperação, que é um instrumento jurídico que norteia as relações. Assinamos três protocolos e começamos a preparar outro".

Secretário Executivo do Desenvolvimento e Comércio Exterior do Brasil, Alessandro Teixeira destacou a evolução dos negócios na ilha e a presença de empresários gaúchos. Teixeira afirmou que o distensionamento da economia cubana é uma medida importante para a produção de acordos e parcerias. "As exportações brasileiras não chegavam a US$ 60 milhões e hoje estão em US$ 550 milhões. Tínhamos um investimento em Cuba abaixo de US$ 200 milhões é hoje são mais de US$ 1 bilhão na economia cubana, com investimentos em infraestrutura, em comercialização, em lojas".

Economia solidária
Um memorando de entendimento RS-Cuba prevê a cooperação em projeto de reciclagem a partir da experiência gaúcha na Cadeia Solidária Binacional do PET. O acordo foi firmado pelo governador e pela vice-ministra cubana de Siderurgia e Mecânica, Adriana Barceló Permuy.

O projeto da Cadeia Binacional do PET, comandado pela Secretaria Estadual de Economia Solidária, envolve cooperativas do RS, Minas Gerais e Uruguai, e permitirá aos catadores e recicladores elevar em 50% os seus ganhos.

Badesul facilitará exportações para Cuba
O governo gaúcho firmou convênio com a BK Import-Export, empresa ligada ao Ministério de Siderurgia e Mecânica e responsável por fábricas e plantas industriais no país. A ideia é permitir que as empresas gaúchas fornecedoras de equipamentos, a partir de uma linha de crédito disponibilizada pelo Badesul, possam oferecer melhores condições aos importadores cubanos. "Os cubanos têm uma demanda de US$ 1 milhão para compra de equipamentos", afirmou o presidente da instituição, Marcelo Lopes.

Calçados
No final da tarde, houve a inauguração em Havana de uma loja que venderá exclusivamente calçados das marcas gaúchas Picadilly, Di Vitrini e Divalesi, integrantes da rede Shoes Export. As empresas projetam crescimento nas vendas em Cuba de 20% ao ano. A rede, com sede em Igrejinha, vende 1,5 milhão de calçados por ano. O diretor presidente da Shoes Export, Denilson Silveira, disse que as exportações têm de ser feitas com recursos próprios, uma vez que os bancos cubanos não oferecem crédito. "Essa linha de crédito via Badesul é muito importante, porque pode alavancar as exportações gaúchas".

Para Silveira, a iniciativa é positiva para todos os envolvidos. "A exportação para Cuba gera 400 empregos diretos na cadeia calçadista. É um canal de distribuição que a ilha abriu para nós em função dessa parceria com o Governo do Estado".

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