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Câmara do Leite avalia prejuízos com a fraude e apresenta propostas

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Setor avaliou repercussões da fraude e apresentou sugestões para fortalecer a cadeia - Foto: Vilmar da Rosa

 

A Câmara Setorial do Leite esteve reunida extraordinariamente na tarde desta segunda-feira, na sede da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio. A proposta de avaliação do prejuízo sofrido pela cadeia produtiva do leite em função dos episódios recentes de adulteração do produto foi apresentada pelo secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, que coordenou o encontro.

Segundo Mainardi, estes eventos prejudicam todo o setor, uma vez que passa a haver um descrédito por parte do consumidor e, por outro lado, demonstram com clareza que o Estado precisa avaliar o sistema como um conjunto, como acontece nas Câmaras Setoriais, principalmente no que se refere às questões de sanidade e inspeção. “Precisamos virar a página e resgatar a credibilidade do setor. O nosso sentimento é de construir uma reação forte para comprovar a qualidade do nosso leite”, assegurou o secretário.

O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat/RS), Wilson Zanatta, defendeu que não houve negligência por parte da indústria, uma vez que já eram exigidos 21 testes, mas somente a partir de 18 de fevereiro que o teste específico para detecção do formol passou a ser cobrado pelo Ministério Público.

Para Gilberto Piccinini, representante da Organização das Cooperativas do Rio Grande do Sul (Ocergs), é necessário ter serenidade “essa é a oportunidade que temos para corrigir os erros e pensar o futuro. Ao invés de destacar culpados precisamos aproveitar o momento para organizar a cadeia”.

Como encaminhamento o secretário da Agricultura propôs um conjunto de medidas que visam evitar a ocorrência de fraudes. Entre elas, a necessidade de reforçar as equipes de fiscalização, o que pode ocorrer mediante a contratação emergencial ou efetivação do concurso já aprovado para a Defesa Agropecuária do Estado. Outro ponto sugerido pelo secretário foi a adesão, pelo Estado, da Instrução Normativa nº. 62, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que, através de normas técnicas mais rigorosas regulamenta a produção, identidade e qualidade do leite.

Também foi proposto o aumento do crédito presumido em contrapartida à adesão das indústrias que atuam com fiscalização estadual ou municipal ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA). O crédito deveria ser usado para que estes laticínios investissem na melhoria das suas plantas industriais.

Participaram da reunião o subsecretário da Receita Estadual da Secretaria da Fazenda, Júlio César Grazziotin, o secretário adjunto da Seapa, Claudio Fioreze, o coordenador da Câmara Setorial do Leite, João Milton Cunha, o consultor Oreno Ardêmio Heineck, o diretor do Departamento de Defesa Agropecuária, Eraldo Marques e a coordenadora do Cispoa (Coordenadoria de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal), Ângela Souza. Além dos representantes das cooperativas Santa Clara, Piá, Cosulat e Languiru, e da Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Apil).

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