Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Secretaria da

Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação

Início do conteúdo

Estado encaminhará ao MAPA solicitação de auditoria para avaliar possibilidade de retirada de vacinação da aftosa

Decisão foi tomada em reunião com vice-governador Cairoli, secretário Ernani Polo e entidades do setor de proteína animal

Publicação:

WhatsApp Image 2017 09 26 at 18 22 19
WhatsApp Image 2017 09 26 at 18 22 19
Por Elaine Pinto/ Alexandre Farina/Eduardo Malta

O Governo do Estado vai solicitar ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, uma auditoria para avaliar a execução das metas do Plano Nacional de Erradicação da Febre Aftosa, que visa a suspensão da vacinação contra a doença e as ações que estão sendo implementadas no Plano Estadual elaborado no RS, pelo serviço de defesa agropecuária da secretaria da agricultura, neste sentido.  Recentemente o Paraná também registrou a solicitação, tendo auditoria já marcada para o mês de janeiro de 2018. O plano estadual prevê que todas as metas do Ministério da Agricultura sejam atingidas até 2018, permitindo que, em 2019, seja tomada a decisão de retirada total da imunização, dando ao estado o status de área livre de febre aftosa sem vacinação. A decisão foi tomada, de forma unânime, durante reunião do vice-governador José Paulo Cairoli, com o secretário da agricultura, pecuária e irrigação, Ernani Polo, com o Superintendente do MAPA no estado, Bernardo Todeschini, e com entidades do setor produtivo – Farsul, Fetag, Febrac, Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Rio Grande do Sul (Sicadergs), Sindicato das Indústrias de Produtores de Suínos (Sips) e Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), além do próprio Ministério.

A iniciativa tem o objetivo de reforçar a sanidade do rebanho do Estado e ampliar a comercialização do produto gaúcho no mercado externo, uma vez que vários países só importam carnes e derivados de locais que são áreas livres de aftosa sem vacinação. Desde 2002 o Rio Grande do Sul tem o status de área livre de febre aftosa, mas com a vacinação.

“Tivemos um significativo avanço esta terça feira, um momento de consenso muito especial. Esta solicitação da auditoria tem como objetivo o avanço de nosso status sanitário e a  valorização dos produtos de proteína animal, para que possamos ganhar novos mercados. Também é importante para fortalecer e estruturar ainda mais o serviço de defesa agropecuária, em parceria com o setor privado, o que já vem sendo desenvolvido com o Fundesa, que vêm auxiliando para que tenhamos sua manutenção de forma eficiente. A equipe da secretaria vem desenvolvendo um ótimo trabalho, com muita dedicação na busca dessa evolução, que trará consequências positivas para todos os setores. Sem dúvida, demos um passo importante. É fundamental ressaltar que enquanto não tomarmos a decisão da retirada da vacinação, os produtores sigam realizando adequadamente a imunização de seu rebanho” , diz o secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação, Ernani Polo.

Nos próximos dias, o Estado deve formalizar a decisão junto ao Ministério da Agricultura, solicitando a auditoria para emissão de um parecer manifestando as condições do Rio Grande do Sul para suspender a imunização da febre aftosa.

“Acredito que o tema é de fundamental importância para o Estado, que já está há muito tempo trabalhando nesta questão. Entendemos que não podemos é ficar por ultimo no ranking nacional que vislumbra a retirada da vacinação, pois isto não constrói. Precisamos reafirmar nossos posicionamentos, nossa qualidade de trabalho na pecuária com o governo e com as entidades e em paralelo ter em mente que o mercado mundial está consolidando suas posições de suprimento e o Rio Grande precisa saber se posicionar neste contexto”, ressalta o presidente da Farsul, Carlos Sperotto.

Nestor Bonfanti, vice- presidente da Fetag disse que a entidade “Acredita ser viável o pedido do governo através do secretario Ernani Polo, mesmo sabendo que não será imediato, mas fazendo um estudo para que o Estado seja livre sem vacinação, como Santa Catarina. A Fetag trabalhará junto com o governo nesse objetivo”. 

Já o Fundesa acredita que “ Esta decisão sinaliza que os setores de produção estão em um entendimento unânime, no sentido de solicitar ao Ministério da Agricultura esta avaliação do sistema de defesa sanitária do Estado. A partir disso é possível pensar em ações dentro do Plano Estratégico de Febre Aftosa, no sentido de antecipar a retirada da vacinação no Rio Grande do Sul, o que nos dará uma nova condição e dinâmica frente aos mercados consumidores, o que também trará ao setor toda uma renovação de ânimo e trabalho vislumbrando uma condição diferenciada”, salienta o presidente Rogério Kerber.

O Ministério da Agricultura finalizou o Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa, um cronograma de ações previstas para os próximos dez anos que prevê a suspensão da imunização nos estados do Sul a partir de 2023. A ideia é antecipar essa suspensão no Rio Grande do Sul a partir de 2019, após o cumprimento de todas as exigências em 2018.

Mais notícias

Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação