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Servidores intensificam ações de vigilância na Reserva do Taim após foco de influenza aviária

Equipes atuam em um raio de mais de 10 quilômetros

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Foto: Julia Chagas/Seapi
Por Cassiane Osório

O avistamento e o monitoramento de aves vêm sendo realizados por terra, com uso de quatro drones, de embarcações, além de sobrevoos de helicópteros para analisar toda a extensão da Lagoa Mangueira e atividades de educação sanitária no entorno do local. É assim que os fiscais agropecuários, técnicos agrícolas e uma analista zootecnista vêm atuando na Estação Ecológica do Taim desde o recebimento da notificação de suspeita de influenza aviária. 

A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) confirmou na última segunda-feira (29/5) o primeiro foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) em aves silvestres localizadas na Lagoa da Mangueira, no município de Santa Vitória do Palmar. É o primeiro caso no Rio Grande do Sul desde a chegada do vírus na América do Sul e no Brasil e não afeta a condição sanitária e o comércio de produtos avícolas do Estado e do país, assim como não há risco no consumo de carne e ovos, porque a doença não é transmitida por meio do consumo. 

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Foto: Julia Chagas/Seapi

Cinco equipes, com 25 servidores do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA), intensificaram os trabalhos na região e começaram a atuar para evitar a disseminação do vírus. Até o momento são 65 aves encontradas mortas ou doentes, da espécie Cygnus melancoryphus, conhecida como cisne-de-pescoço-preto, sendo uma delas uma Caraúna, no qual o exame deu negativo para a influenza. A vigilância já foi realizada em um raio de mais de 10 quilômetros, com visita a 114 propriedades do entorno do foco. 

O diretor-adjunto do DDA, Francisco Paulo Nunes Lopes, está no Taim coordenando as equipes e afirma que nesta quinta-feira (1/6), durante voo de helicóptero, outras duas aves foram encontradas mortas, que totalizam as 65, e a vigilância será ampliada. “Nesta sexta-feira incluímos mais uma equipe, totalizando seis, onde faremos a vistoria e vigilância em novo raio de atuação, que compreende o Taim e a localidade de Curral Alto. Vamos visitar cerca de 80 propriedades rurais para verificar os sinais clínicos nas aves de subsistência. Nosso objetivo é identificar casos suspeitos o mais rápido possível e evitar a disseminação do vírus”, ressalta o fiscal agropecuário. 

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Foto: Divulgação/Seapi

Todas as aves encontradas mortas são recolhidas e incineradas em vala pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO-RS), atendendo ao Plano Nacional de Vigilância de Influenza Aviária e Doença de Newcastle, como determina o protocolo do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). 

As ações das equipes são definidas diariamente, buscando a melhor estratégia de controle para a doença. O trabalho de vigilância sanitária dos servidores da Secretaria da Agricultura está sendo feito com o apoio da Brigada Militar, por meio da Patrulha Ambiental, e dos funcionários do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Além disso, treinamento de biossegurança foi realizado com as equipes que atuam no local e atividades de vigilância sanitária estão acontecendo junto à comunidade local, em escolas, entidades e nas unidades de saúde. 

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Foto: Julia Chagas/Seapi
Recomendações aos produtores e criadores de aves de subsistência (fundo de quintal):

-       Reforço das medidas preventivas nos estabelecimentos avícolas:

-       Revisar as telas, passarinheiras, portões e cumeeiras dos galpões;

-       Proteger fontes, caixas d’água e silos de ração do contato com aves de vida livre;

-       Recomenda-se o fechamento das aves em galpões ou galinheiros e a proteção de bebedouros e comedouros para que seja evitado o contato com aves de vida livre;

-       Desinfecção de veículos na entrada e saída (atenção para a correta diluição conforme recomendação na bula);

-       Realizar a troca de roupas e calçados para ingressar na unidade produtiva;

-       Não permitir a entrada de pessoas alheias ao processo produtivo nas granjas;

-       Comunicar imediatamente a Inspetoria de Defesa Agropecuária (IDA) em caso de ocorrência de mortalidade ou da identificação de aves com sinais respiratórios, neurológicos ou digestórios. 

Orientações à população

-       Não manipular nem recolher as aves mortas ou moribundas;

-       Adquirir aves somente em casas agropecuárias devidamente autorizadas;

-       Comunicar imediatamente ao Serviço Veterinário Oficial a ocorrência de aves com sinais respiratórios, neurológicos, digestórios ou alta mortalidade, inclusive em aves silvestres. 

Notificação de casos suspeitos

Os principais sintomas que as aves apresentam é a dificuldade respiratória; secreção nasal ou ocular; espirros; incoordenação motora; torcicolo; diarreia; e alta mortalidade. Na ocorrência deles, ou de qualquer caso suspeito, deve ser comunicado diretamente à Inspetoria de Defesa Animal (IDA) do seu município ou através do whatsapp (51) 98445-2033. A comunicação imediata de ocorrências suspeitas permite ao SVO a aplicação de medidas de contingência, evitando a disseminação da doença em caso de ingresso no país.

 

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