Governo esclarece o que é verdadeiro e falso sobre a gripe aviária
Divulgação de informações corretas tem o objetivo de tranquilizar a sociedade
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Buscando combater a veiculação e o compartilhamento de informações falsas nas redes sociais e em aplicativos de mensagens, o governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA), esclarece o que é verdadeiro e o que é falso sobre a gripe aviária, com base em dados oficiais e científicos.
O objetivo foca, também, em evitar uma prática que pode trazer consequências graves à sociedade, causando confusão e prejudicando a vida das pessoas. Compartilhar notícias falsas sobre a gripe aviária, além de gerar pânico injustificado, tende a prejudicar produtores, afetar a economia e comprometer a confiança em medidas sanitárias essenciais.
Principais dúvidas:
- Carne de frango e ovos transmitem gripe aviária?
Mentira. Não há risco de transmissão pelo consumo desses produtos. O vírus da gripe aviária não sobrevive ao cozimento. Portanto, alimentos de origem avícola, como carne de frango e ovos, são seguros para o consumo, desde que bem cozidos.
- A gripe aviária pode passar para humanos?
Verdade. Apesar de raro, o vírus pode infectar seres humanos, mas geralmente isso acontece apenas com quem tem contato direto, prolongado e sem proteção adequada com aves infectadas. Não há ocorrências de casos de transmissão entre pessoas.
- A doença se transmite entre aves?
Verdade. A gripe aviária é contagiosa entre aves, principalmente entre as silvestres, migratórias e domésticas, mas também pode acometer mamíferos. Por isso, medidas de vigilância e controle são essenciais, principalmente em áreas próximas a rotas migratórias.
- Animais silvestres podem levar o vírus para granjas?
Verdade. Aves silvestres, especialmente as migratórias de vida livre, podem transportar o vírus e contaminar granjas. Por isso, a biosseguridade, conjunto de medidas para evitar a entrada de agentes infecciosos, é fundamental nas propriedades avícolas.
- A Secretaria da Agricultura está passando e eliminando todas as aves?
Mentira. Não existe nenhuma política de eliminação indiscriminada de aves. As equipes estão visitando as propriedades no raio de dez quilômetros do foco de Montenegro para conversar com os produtores, observar os animais e levar informações sobre a doença. As ações de controle são pontuais e baseadas em evidências, sempre seguindo protocolos sanitários nacionais e internacionais. O objetivo é proteger a saúde animal e humana, sem prejuízos desnecessários ao meio ambiente ou à produção.
- Focos podem ser resolvidos rapidamente?
Verdade. O governo do Estado adota medidas imediatas e eficazes assim que um foco é identificado. Em Montenegro, por exemplo, os fiscais sanitários visitaram 100% das 540 propriedades rurais no raio de dez quilômetros do foco de influenza aviária em apenas quatro dias. Da mesma forma, o trabalho sanitário está sendo realizado no Zoológico de Sapucaia do Sul, outro foco da doença, por profissionais das secretarias estadual e federal.
- O Brasil está preparado para controlar a doença?
Verdade. O Brasil possui um dos sistemas de vigilância sanitária mais eficientes do mundo na área avícola. O país conta com profissionais capacitados, laboratórios especializados e protocolos rigorosos para detecção e controle de focos da doença.
Sobre a gripe aviária
É uma doença viral que afeta principalmente aves, além de poder infectar mamíferos, inclusive o ser humano. A transmissão acontece pelo contato com aves doentes e também por meio da água e de materiais contaminados.
Todas as suspeitas da doença, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em animais, devem ser notificadas imediatamente à Seapi, por meio da Inspetoria ou Escritório de Defesa Agropecuária, pelo sistema e-Sisbravet ou pelo WhatsApp (51) 98445-2033.