Juba e pose de leão. As semelhanças com o rei da floresta terminam aí. O coelho Lion Head, ou Mini Leão com Juba, o mais assediado da 34ª Expointer, não mete medo em ninguém. Ele é, na verdade, reconhecido como o mais dócil e amigável entre as mais de 80 raças criadas no Brasil.

Por essa razão, o animalzinho, cujo peso não passa de 1,8 Kg, é o preferido do criador Josoé Carvalho, um dos 12 produtores gaúchos sócios da Federação das Associações Rio-Grandense de Criadores de Coelho. Além de gostar da raça que se originou na Europa, Carvalho reconhece suas vantagens comerciais.

“O Lion Head é um coelho de estimação”, disse. Em seu coelhário, localizado em Viamão, ele mantém aproximadamente 400 animais, a maioria, da raça Lion Head. Seu nicho de mercado está em Porto Alegre. “Ao invés de cachorros, os porto-alegrenses estão adotando o coelho”, disse Carvalho.

Preocupado em manter o negócio a longo prazo, o criador capricha durante e no pós venda. Ao adquirir um dos seus coelhos, o cliente também leva para casa um guia com orientações essenciais à vida do bichinho.

Alimentos como salsa, que baixa a pressão, e alface, que provoca diarréia, além de
doces e comidas cozidas e temperadas são fatais ao Lion Head. “Os alimentos têm de ser crus”, reforçou o criador. O coelho jamais deve ficar por muito tempo exposto
ao sol.

Embora não tome banho, o Lion Head não exala cheiro e se limpa sozinho. O ideal, segundo Carvalho, é que o coelho permaneça na gaiola quando ele for urinar e
defecar pela primeira vez na casa do dono, pois ele voltará a esse lugar todas as outras vezes que sentir vontade de fazer suas necessidades fisiológicas.

Na 34ª Expointer, o público poderá ver o Lion Head e outras 31 raças de coelhos no
Pavilhão 38, dos Pequenos Animais, localizado ao sul do Parque Assis Brasil.

Texto: Cleuza Noal Brutti
Foto: Eduardo Seidl/Palácio Piratini