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Manejo, identificação e trânsito de cavalos são temas do encontro da Câmara da Equideocultura

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Foto: Julia Chagas/Seapi
Por Darlene Silveira

Como deve ser a relação do homem com o cavalo, como o equino se comporta na natureza, quais as diferenças nos métodos de doma? Essas e outras questões são abordadas no Curso Manejo de Equinos, da Emater/RS-Ascar, um dos temas da reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Equideocultura da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), que ocorreu nesta quinta-feira (11/5), de forma híbrida. Participaram representantes de associações e movimentos do setor.

A médica veterinária e extensionista rural da Emater/RS-Ascar em Cristal, Sabine Kasinger, com mais de 20 anos de atuação com cavalos, contou um pouco do trabalho da entidade no setor e de como ela pode agregar no quesito capacitação e aplicação de política pública para equinos.  Sabine apresentou o Curso Manejo de Equinos, que acontece no Centro de Formação de Agricultores de Montenegro e aborda o cavalo na pecuária familiar. “O cavalo como trabalho, lazer, esporte e companhia no contexto de vida do pecuarista familiar”, explicou.

Segundo Sabine, a capacitação, de três dias, enfoca temas como comportamento (a relação homem/cavalo, cavalo na natureza, técnicas de aproximação, diferenças nos métodos de doma); sanidade (principais doenças, vermifugação/vacinação, ambiente e bem-estar); alimentação; reprodução; entre outros. “Hoje é preciso que se entenda que o cavalo precisa estar em primeiro lugar e como ele nos percebe, para que tenhamos os resultados desejados. E, embora entendendo que o equino seja utilizado para o trabalho no meio rural, esse enfoque está mudando, e precisamos dar atenção também para a utilização do cavalo no esporte, por exemplo”.

Outro assunto apresentado durante a reunião foi “Equídeos – Quantificação, Identificação e Rastreabilidade”, pelo chefe do Serviço de Insumo e Saúde Animal do Mapa e responsável pelo Programa de Equinos na Superintendência do Rio Grande do Sul, Luiz Otávio Silveira. Ele falou sobre a identificação animal e disse que a Câmara tem discutido o assunto há quatro anos, analisando a possibilidade de microchipagem do rebanho no Estado, o uso do aplicativo Galope, que está com pouco uso, cerca de 15%.

“O aplicativo da Seapi permite o trânsito de equídeos no estado do Rio Grande do Sul mediante validação dos documentos sanitários do animal. Através dele, o produtor pode submeter os dados da resenha gráfica, exames e vacinas para que a secretaria credencie como animal apto para trânsito, tornando mais fácil sua movimentação”, esclareceu Silveira. 

“Esse grupo de trabalho da Câmara chegou a algumas conclusões, mas, nesse meio tempo, houve uma mudança no manual de emissão de Guia de Trânsito Animal (GTA) pelo Mapa, o que paralisou o debate. Agora estamos vendo o que temos de possibilidades em relação à identificação individual e melhoria do sistema de rastreabilidade do rebanho equino, que deve chegar a 500 mil no Rio Grande do Sul”, destacou Silveira.

Instituto Brasileiro de Equideocultura (IBEqui)

O presidente-executivo do Instituto Brasileiro de Equideocultura (IBEqui), Manuel Rossitto, apresentou o órgão, que foi fundado em 24 de agosto de 2020, com cinco pilares de atuação: Assuntos Regulatórios; Cultura e Ações Sociais; Sanidade Animal; Segurança Jurídica e Bem-Estar Animal e Esportes Equestres. “Sua missão é unir e fortalecer todos os elos da cadeia produtiva brasileira, através de diferentes atividades e iniciativas, a partir da fundamentação em estudos técnicos”, explicou.

Rossitto afirmou que o setor é uma potência econômica e social do agronegócio brasileiro. “Com um expressivo rebanho de equídeos, o setor gera mais de 3 milhões de empregos e movimenta R$ 35 bilhões ao ano. Para as 33 entidades (13 de raças, 13 de modalidades e 7 correlatas) que compõem o instituto, esses números demonstram a força do segmento e indicam que ainda há muito a ser explorado.

Para o coordenador da Câmara, Allan Guerra, que também é diretor da Associação Brasileira da Cancha Reta, “a reunião foi muito importante pelo envolvimento das associações e dos movimentos de equinos que a gente tem no Rio Grande do Sul. Temos associações e movimentos do laço, dos esportes equestres, dos CTGs, que congregam todas as mais de 12 raças existentes no Estado. Essas instituições são fundamentais para fazermos a junção da iniciativa privada com o governo do Estado, para que a gente possa atender às demandas necessárias”.

 

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