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No Prêmio Gerdau Melhores da Terra Mainardi destaca quatros grandes revoluções no campo

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Entrevista coletiva Gerdau - Foto: JM Alvarenga


O secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, destacou, durante a premiação Gerdau Melhores da Terra hoje (24), as revoluções no campo ao longo das décadas: mecanização da lavoura, plantio direto e a irrigação, esta última o grande desafio do próximo período. “Precisamos verticalizar a produção. Produzir mais na mesma área”.

Não por acaso, dos oitos produtos vencedores do prêmio, quatro são do RS. Na divisão de agricultura de escala, categoria destaque, o troféu outro ficou a plataforma para colheita de milho Bocuda, feita pela Indústria de Implementos Agrícolas Vence Tudo, de Ibirubá. Na divisão de Agricultura Familiar, o troféu de outro foi para o Sistema de Alimentação Automático para Suínos, fabricado pela GSI Brasil Indústria e Comércio de Equipamentos Agropecuários Ltda, de Marau. Em 2013, houve 719 inscritos nas quatro categorias: Novidade Agrishow, Novidade Expointer, Pesquisa e Desenvolvimento e Destaque.

Na categoria novidade, outros dois equipamentos gaúchos foram vencedores. Na agricultura de escala, o troféu ouro ficou a Semeadora Pneumática Quadra Venta, fabricado pela Kuhn do Brasil Implementos Agrícolas S.A, de Passo Fundo. A empresa de Ibirubá, que venceu na categoria destaque, também foi agraciada na categoria destaque, desta vez com troféu de prata com a semeadora-adubadora articulada Macanuda Fertilizante.

Para André Johannpeter, diretor-presidente da Gerdau, os números da produção agropecuária neste ano se refletem na venda das máquinas e na produção delas. “E o prêmio reconhece anualmente o que há de melhor no setor de máquinas e equipamentos agrícolas, como forma de incentivas a evolução tecnológica e contribuir para a maior produtividade no campo”.

O crescimento da safra de grãos e o aumento no preço das commodities, como soja e milho, torna o momento propício para investimentos em soluções que colaborem com a qualidade de vida do produtor rural, segundo o diretor-presidente a empresa, líder no segmento de aços longos nas Américas e uma das principais fornecedoras do mundo, produzindo 25 milhões de toneladas por ano.

            Neste ano, 314 produtores foram entrevistados, em 226 cidades do país. O coordenador da Comissão Julgadora e professor da UFRGS, Renato Levien, a boa fase do agronegócio brasileiro se traduz na grande diversidade de máquinas e equipamentos oferecidos aos produtores. “Procuramos o incentivo a inovação, a segurança operacional, a excelência e o aperfeiçoamento tecnológico de máquinas e implementos”.

Vencedores


Categoria Destaque


Na divisão Agricultura de Escala, dois equipamentos foram premiados. O Troféu Ouro ficou com a Plataforma para colheita de milho Bocuda, fabricada pela Indústria de Implementos Agrícola Vence Tudo Ltda, de Ibirubá (RS).


O equipamento é versátil à medida que permite a colheita de milho em diferentes espaçamentos e número de fileiras. A plataforma é reconhecida por sua robustez, simplicidade na operação, na regulagem e na manutenção, além de apresentar boa relação custo-benefício. Proporciona elevado rendimento operacional, com reduzidas perdas na colheita. Atualmente, é uma das mais utilizadas em todas as regiões produtoras de milho do Brasil e outros países do Mercosul, devido à sua confiabilidade e assistência técnica de qualidade.


O Troféu Prata da divisão Agricultura de Escala da categoria Destaque foi concedido a Cycloar – Exaustão e aeração de silos e armazéns, fabricada pela Provent do Brasil Metalúrgica Ltda, de Curitiba (PR). 


O Cycloar constitui-se em um equipamento de exaustão e aeração que auxilia na conservação de grãos armazenados em silos e armazéns, reduzindo a condensação do vapor d’água e contribuindo para a manutenção da temperatura adequada no interior do silo. Assim, proporciona um ambiente mais favorável à conservação dos grãos, evitando a deterioração por pragas e fungos. Além disso, reduz a necessidade da aeração forçada do silo, o que reflete em significativa economia de energia elétrica. 


A divisão Agricultura Familiar também conta com dois vencedores. O Troféu Ouro foi concedido ao Sistema de Alimentação Automático para Suínos, fabricado pela GSI Brasil Indústria e Comércio de Equipamentos Agropecuários Ltda, de Marau (RS). 


O destaque do sistema é a automatização da alimentação de suínos confinados, pois fornece ração em doses e horários pré-programados, segundo a necessidade de cada lote da pocilga. O sistema de alimentação trouxe grandes benefícios aos usuários criadores de suínos, como redução significativa de mão-de-obra, qualidade da alimentação e menos estresse aos animais, uma vez que todos são alimentados ao mesmo tempo. Ademais, melhora a conversão alimentar dos animais e o aproveitamento da ração.


O vencedor do Troféu Prata foi o Derriçador de Café DCM-11, da Brudden Equipamentos Ltda, de Pompéia (SP).


O equipamento agiliza a colheita de café, processo para o qual a oferta de mão-de-obra tem sido cada vez mais escassa. Por meio do contato mecânico com a planta, o derriçador provoca o desprendimento dos grãos, reduzindo o esforço manual e minimizando os danos à planta. Também possibilita maior ganho financeiro do trabalhador, à medida que aumenta a sua capacidade de colheita. Outro destaque é a possibilidade da operação em áreas com declive, onde outras formas de colheita mecânica não seriam possíveis.


Categoria Novidade Expointer


O equipamento vencedor do Troféu Ouro da divisão Agricultura de Escala foi a Semeadora Pneumática Quadra Venta, fabricado pela Kuhn do Brasil Implementos Agrícolas S.A., de Passo Fundo (RS).


Semeadora de grande porte, com sistema pneumático de distribuição de sementes inédito no Brasil, o equipamento foi desenvolvido para a cultura do arroz irrigado, podendo também semear cereais de inverno, canola e pastagens. Um dos seus diferenciais é o transporte das sementes por fluxo de ar até o solo, com elevada precisão de distribuição entre as linhas. Possibilita a semeadura em áreas com presença de taipas, mantendo a profundidade de deposição das sementes, e incorpora a tecnologia Isobus, o que possibilita a operação por diferentes tratores na agricultura de precisão. Seu chassi articulado permite a redução da sua largura para o transporte em estradas rurais.


O Troféu Prata em Agricultura de Escala foi para a semeadora-adubadora articulada Macanuda Fertilizante, fabricado pela Indústria de Implementos Agrícola Vence Tudo Ltda, de Ibirubá (RS).


A Macanuda Fertilizante é uma semeadora de grande porte que se destaca, principalmente, pela desativação da distribuição de sementes e fertilizantes em secções por meio do reconhecimento de áreas já semeadas, evitando desperdício desses insumos. Também apresenta chassi articulado para transporte, reduzindo sua largura para tráfego em estradas rurais. A máquina pode ser configurada para distribuição individual de até dois tipos de fertilizantes. Além disso, tanto as sementes quanto os fertilizantes podem ser distribuídos em taxa fixa ou variável. 


O vencedor do Troféu Ouro da divisão Agricultura Familiar foi o Trator Estreito Cabinado modelo 1155, da Agritech Lavrale S.A. Maquinário Agrícola e Componentes, localizado em Indaiatuba (SP). 


A Agritech Lavrale apresenta como diferencial a produção em série do primeiro trator estreito com cabine fabricado no Brasil. O modelo 1155 possui cabine que oferece conforto e segurança ao operador, especialmente quando utilizado em pulverizações de produtos fitossanitários em culturas perenes com espaçamento reduzido entre fileiras. 


O vencedor do Troféu Prata foi o Encanteirador de Discos e Lâminas para Acabamento do Terreno, da Metalúrgica Quatro Irmãos Ltda, de Camaquã (RS).


Trata-se de um equipamento simples, constituído por discos e lâminas, que constrói, simultaneamente, drenos e camalhões. Dessa forma, configura o terreno permitindo retirar o excesso de água para viabilizar a implantação e condução de culturas de sequeiro, como soja e milho, em rotação com o arroz irrigado. O emprego desse equipamento possibilita a ampliação do uso dessas áreas, aumentando a rentabilidade para o produtor. 


Categoria Pesquisa e Desenvolvimento


A categoria dedicada aos trabalhos acadêmicos tem dois vencedores. Entre os pesquisadores, o trabalho reconhecido foi “Desenvolvimento de um sistema para a colheita de mandioca”, que tem como autor principal o engenheiro agrícola Paulo Roberto Abreu de Figueiredo, do Instituto Agronômico do Paraná. O estudo apresenta o projeto de um sistema modulado de colheita, que busca facilitar o arranquio e a separação da rama e da raiz da mandioca no momento da colheita. 


A mecanização das operações para a colheita é uma das mais importantes etapas da produção de mandioca, por demandar muita mão-de-obra e esforço físico no arranquio e apresentar riscos de acidentes no despinicamento, geralmente feito de forma manual, com auxílio de facão. O desenvolvimento de equipamentos alternativos, capazes de realizar a colheita em todas as etapas, representa um avanço significativo nesse processo. Com a mecanização da colheita, há economia de tempo, diminuição do esforço humano e do risco de acidentes, proporcionando maior conforto na operação. O sistema proposto realiza as etapas de afofamento do solo, arranquio e o despinicamento da mandioca numa só operação. Nos ensaios realizados o equipamento apresentou desempenho satisfatório, indicando que poderá se constituir numa alternativa viável para a colheita mecanizada da mandioca. 


Já no nível Estudante, a Comissão Julgadora selecionou como vencedor o trabalho “Sistema de aquisição de baixo custo para combate à ferrugem alaranjada da cana-de-açúcar”, cujo autor principal, Alex L. Guedes, é engenheiro eletricista pós-graduando da Universidade Estadual de Londrina, no Paraná. A equipe responsável pelo trabalho desenvolveu um sistema para captar e disponibilizar ao agricultor dados climáticos que indicam a probabilidade de ocorrência de ferrugem em plantação de cana-de-açúcar, doença que já dizimou produções em diversos países. 


A doença ferrugem alaranjada pode causar sérios problemas na cultura de cana-de-açúcar, com redução significativa de sua produtividade. É uma doença de fácil e rápida disseminação nas lavouras, necessitando de controle rápido e eficiente, pois é influenciada por condições climáticas favoráveis, como temperatura, umidade e precipitação. Hoje, há estações agrometeorológicas que abrangem grandes áreas, com restrições para um monitoramento localizado das condições climáticas em microrregiões ou em propriedades. O sistema desenvolvido propicia um alerta para que o agricultor possa tomar decisões, no momento ideal, para o controle da ferrugem da cana e mesmo de outras culturas, como a soja. 

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