O secretário em exercício da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Claudio Fioreze, esteve reunido hoje (29) com a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) e com gerentes técnicos e de pesquisa das fumageiras do Rio Grande do Sul, ligadas ao Sinditabaco. A reunião aconteceu na sede da Afubra, em Santa Cruz do Sul.

Com foco na área na diversificação de renda para a fumicultura, foram debatidos dois grandes programas da secretaria, o Mais Água, Mais Renda e o Programa de Secagem e Armazenagem de Grãos na Propriedade Rural.

O tabaco é a segunda maior cadeia do ponto de vista social, só perde para o leite. O setor está presente em 272 municípios, gerando ocupação para mais de 87 mil famílias. No ano passado, foi o principal produto da pauta de exportações do Estado, tendo comercializado para o exterior US$ 2,24 bilhões de dólares.

Na oportunidade, Fioreze fez uma apresentação geral dos programas e destacou os objetivos do debate, que, segundo ele, são promover a ampliação da produtividade e qualidade e a diversificação de renda. Ainda citou que no caso do milho há um déficit de abastecimento, pois se importa cerca de 2 milhões de toneladas por ano. O sinergismo com programas de correção do solo de agroindústria, secagem e armazenagem e irrigação também são algumas das finalidades.

A safrinha, por exemplo, tem um grande potencial na área da fumicultura. “Temos uma área de milho que se estima em aproximadamente 70 mil hectares nas propriedades de produção fumageira, mas ainda há um enorme potencial, podendo chegar a mais de 200 mil hectares de área plantada”, disse Fioreze.

Com base no perfil médio dos produtores, o aumento de renda estimado com irrigação é de R$22, 5 mil em grãos e R$ 15 mil no tabaco. A proposta, de acordo com o secretário em exercício, é de que em oito anos se chegue a 100% dos 87 mil e uma renda adicional entre grãos e fumo de 13, 3 bilhões de reais.

As metas em relação ao Programa de Armazenagem e Secagem de Grão são de construir em quatro anos 10 mil unidades de secagem e armazenamento, com volume de 1,5 milhão de toneladas de grãos, e capacitar anualmente 1.080 produtores e 60 técnicos.

De acordo com Fioreze, se esse trabalho de parceria envolvendo o governo do Estado, governo Federal, indústrias, fumicultores e suas representações forem levados adiante e os dois projetos forem implantados, em 10 anos pode-se ter no Estado quase 100 mil famílias de produtores irrigando e armazenando. “Isso significa mais renda, o que resultará numa verdadeira revolução econômica no RS”, finalizou Fioreze.

Também participaram do encontro o presidente da Afubra, Benício Albano Werner, secretário da Diretoria da Afubra, Romeu Schneider, engenheiro agrônomo Marcos Dorneles, presidente do Sinditabaco, Iro Schünke, o assessor técnico da Secretaria da Agricultura, Paulo Lipp, coordenadores regionais Valdir Zonin, Adriano Szynkaruk, Luiz Ronaldo Correa Moraes e demais representantes de indústrias.