Polícia Civil conclui inquéritos da Operação Bijuteria no noroeste do Estado
A operação investigou o comércio de sementes de soja piratas
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A Polícia Civil, através da DECRAB/Bagé (Delegacia de Repressão aos Crimes Rurais e Abigeato), concluiu as investigações que apuraram o comércio de sementes de soja piratas na região noroeste do Rio Grande do Sul. Oito investigados foram indiciados. O trabalho contou com o apoio da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
“Estas ações, em conjunto com os demais órgãos, traz um resultado muito positivo para a sociedade, principalmente para aqueles que são produtores legalizados, para aqueles que tem um comércio legalizado”, destaca Rafael Lima, chefe da Divisão de Insumos e Serviços Agropecuários da SEAPDR.
A operação
Em 06 de agosto do corrente ano a Polícia Civil deflagrou a Operação Bijuteria, onde foram apreendidas 450 toneladas de sementes de soja piratas. Na ocasião, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão. A ação foi em decorrência de uma investigação da DECRAB/Bagé que apurava a venda de sementes de soja de forma irregular nos municípios de Almirante Tamandaré do Sul e Santa Bárbara do Sul.
Os suspeitos comercializavam, em larga escala, para várias regiões do Estado, sementes de soja piratas (produtos de baixa qualidade e com um custo menor) como se fossem sementes certificadas. As sementes de soja certificadas apresentam, em razão de sua qualidade, valor de mercado mais elevado e possuem nomes (variedades) reconhecidos, tanto pelos órgãos de fiscalização como pelos produtores de soja.
Na ocasião também foram apreendidas armas de fogo, defensivos agrícolas de origem estrangeira e proibidos no Brasil (produtos extremamente lesivos ao meio-ambiente), documentos, equipamentos e eletrônicos. Também foram identificados crimes ambientais nas propriedades onde ocorreram buscas. A Polícia Federal foi informada quanto aos produtos de origem estrangeira apreendidos. A investigação foi uma das primeiras realizadas nesse sentido no Estado.
Os policiais da DECRAB/Bagé analisaram por quatro meses documentos, equipamentos apreendidos e colheram depoimentos. Diante do farto material probatório apurado no curso das investigações, oito pessoas foram indiciadas por concorrência desleal, crime ambiental e posse de arma de fogo.