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Programa Mais Ovinos no Campo duplica plantel de produtor na Fronteira Oeste

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Programa contribui para retomada da atividade no RS - Foto: Fernando Dias

 

 

Em apenas três anos, a família Chaves, criadora de ovinos da raça Corriedale, duplicou o número de animais na propriedade de 128 hectares em Santa Margarida do Sul, próximo a São Gabriel, na Fronteira Oeste do Estado.

 

Em 2011, José Chaves, o pai, e Ciro Chaves, o filho, conheceram o Programa Mais Ovinos no Campo, criado pelo Governo do Estado e coordenado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio.

 

Fizeram financiamento pelo Banrisul, adquiram 60 ovelhas (entre retenção e matrizes) e hoje saltaram de 200 para 400 animais. Que nem eles, outros 3284 produtores gaúchos estão na mesma situação.

Aos 66 anos – 50 dedicados ao campo – seu Zé por alguns instantes pensou que a herança de mais de um século estava comprometida. “Estamos aos poucos retomando a nossa principal atividade. Trabalhamos com ovinos desde que meu bisavô, há mais de 120 anos, veio pra cá (São Gabriel). Estávamos desamparados no setor. Agora penso em financiar equipamento de irrigação para pastagem”, conta ele, segurando um cordeirinho nascido havia um dia.

 

Eles também têm 100 cabeças de gado. “Mas nossa paixão são os ovinos”, exclama Zé. Um dos grandes dilemas do campo está superado: a sucessão rural.

 

Enquanto o primogênito dá conta dos negócios -, Zé o apoia como pode. “Já não tenho tanta idade para fazer muita coisa”. Modéstia dele. Há pouco tempo, confessa, num dia de muita chuva, vários cordeiros nasceram ao mesmo tempo. Sozinho, à noite, no frio, ele os carregou de carrinho de mão para dentro do galpão. “Estava sozinho. Tive que me virar”.

 

 Cenário atual



Do rebanho total de 13,5 milhões nos anos de 1980, o setor contabilizava pouco mais de três milhões em 2010. Com o programa, diminuiu em 53,3% o índice de abate de fêmeas, que até quatro anos atrás era de 210,9 mil contra os atuais 92 mil. De lá pra cá, houve incremento de quase meio milhão no rebanho.

 

A perspectiva é crescer 5% ao ano, ou seja, mais 210 mil animais, projeta o secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Claudio Fioreze.

 

“Se considerarmos que ovinocultura passou por longo período esquecida pelo poder público, estamos tendo um avanço significativo. Precisamos agora continuar trabalhando para ter quantidade compatível com o mercado”, aponta Fioreze.

 

A demanda atual é maior do que a oferta, acrescenta José Galdino, coordenador da Câmara Setorial da Ovinocultura da Seapa. “Precisamos de volume para que a cadeia se organize. A produção em maior escala é fundamental para ter uma indústria trabalhando normal. Só assim chegaremos a uma boa comercialização”, diz.

 

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