Eles são assediados, como qualquer celebridade, passam por seções diárias de
embelezamento e desfiles. Para evitar que os animais expostos na 34ª Expointer fiquem estressados, peões e médicos veterinários se valem da psicologia (ciência que estuda o comportamento) para garantir o conforto das estrelas da feira. “Os animais expressam suas emoções, positivas e negativas”, disse a médica veterinária Norma Centeno Rodrigues.


Quando o grande campeão da raça Mangalarga, Hercules do Anelio, fica de orelhas
murchas, rodando na baia, o tratador Alberi Oliveira Bilhava já sabe o que fazer. “Eu
levo ele para passear e tomar banho na mangueira”, contou.


Segundo Rodrigues, pesquisadora convidada pelo grupo de estudos com pequenos
ruminantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) na linha de
bem-estar animal, o manejo adequado é fundamental para reduzir o sentimento de
desconforto que qualquer evento é capaz de provocar. “Devemos pensar nos três Rs,
reduzir, reduzir e reduzir o desconforto dos animais”, disse ela. Procedimentos simples, como não ouvir música no volume máximo, não gritar nem apalpar os animais, seriam muito benéficos, segundo ela.


Texto: Cleuza Noal Brutti