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Retomada de carne bovina brasileira à China é mercado em potencial para produto gaúcho

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Relação bilateral com China deve render US$ 1 bilhão ao Brasil no mercado da carne em 2015 - Foto: Fernando Dias

 

Brasil e China assinaram sábado (15), em reunião da Cúpula do G-20 na Austrália, protocolo para liberação e retomada da venda de carne bovina brasileira ao mercado daquele país.

 

A importação havia sido embargada em 2012 devido a suspeita, não confirmada, do mal de vaca louca no Paraná. Mais populoso País do mundo, a China não é consumidora tradicional de carne de gado.

 

Tida como uma das melhores do mundo, a carne produzida no RS ganha mais um norte no leque de mercados em ascensão. Um frigorífico de Alegrete é o único no Estado habilitado a exportar pra lá.

 

Há indicativos de que a população mais nova mostra maior preferência pelo produto em relação à mais antiga, o que amplia perspectivas de aumento de consumo e produção. A relação bilateral deve injetar em 2015 de US$ 800 milhões a US$ 1,2 bilhão no Brasil só no setor de pecuária de corte.

 

Em 2013, todas as comercializações entre os dois países totalizaram US$ 83 bilhões.

 

“Há um grande mercado a ser explorado pela carne brasileira, e, sobretudo, a gaúcha, principalmente com a China”, apontou o secretário estadual da Agricultura, Claudio Fioreze. Desde 2011, o Estado investe na defesa agropecuária como nunca fizera em pelo menos 40 anos.

 

Em parceria com o Ministério da Agricultura, aplica R$ 60 milhões na reestruturação das 248 Inspetorias de Defesa Agropecuária (IDA), aquisição de veículos, capacitação de servidores, compra de móveis, computadores e informatização do sistema de defesa.

 

Modernização dos seis corredores sanitários, incluindo a abertura do corredor de passagem da BR-101, também são pontos a ser levados em conta no debate sobre futura retirada da vacina contra a febre aftosa, avalia o diretor-presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), Rogério Kerber.

 

Para ele, a parceria com o governo chinês tem na defesa sanitária um dos pilares das relações comerciais. Hoje, em função da vacina, o RS não exporta carne com osso. A discussão em torno da retirada da dose, segundo Kerber, passa pela participação efetiva do produtor.

 

“Ele (produtor) precisa se tornar protagonista da defesa sanitária”, sugere Kerber.

 

Zilmar Mousalle, diretor-executivo do Sindicato da Indústria de Carne e Derivados do RS (Sicadergs), aposta no “imenso potencial” que o mercado da China abrirá para a carne bovina, em especial a do Brasil.

Segundo ele, a entidade também crê em mudança no comportamento de consumo dos mais jovens.

 

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