Reunião da Aliança Láctea Sul-Brasileira discute avanços do setor
Encontro presencial foi realizado em Mato Grosso do Sul
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Representantes dos Estados do Rio Grande do Sul (RS), Santa Catarina (SC), Paraná (PR) e Mato Grosso do Sul (MS) realizaram nesta terça-feira (10/6) a reunião da Aliança Láctea Sul-Brasileira com o objetivo de debater o mercado com foco na consolidação de políticas e ações estratégicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva do leite. O encontro foi realizado na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul), sendo o primeiro encontro desde a entrada de MS no grupo de estados que buscam ampliar a produção e industrialização do leite na região.
A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do RS (Seapi) esteve representada pelo assessor técnico Antonio Carlos Ferreira Neto, que junto com representantes do setor produtivo, governo e entidades técnicas de várias regiões discutiram sobre o calendário de encontros em 2025, a apresentação do Relatório Socioeconômico da cadeia do leite nos estados, a análise dos impactos comerciais pós-tarifaço dos Estados Unidos, e as atualizações sanitárias relacionadas à brucelose e tuberculose animal. Também foram discutidos o Plano de Desenvolvimento da Competitividade Global do Leite Sul-Brasileiro e a valorização do produtor rural.
Rumo à competitividade global
O setor lácteo sul-brasileiro, responsável por 41% de todo o leite industrializado sob inspeção, enfrenta desafios como a saturação do mercado interno, o baixo poder aquisitivo do consumidor e os altos custos de frete. A Aliança Láctea Sul-Brasileira propôs um Plano de Desenvolvimento da Competitividade Global do Leite Sul-Brasileiro (PDCGL) para transformar a região Sul em um polo competitivo no mercado global, exportando produtos lácteos de maior valor agregado. Para isso foi delineado cinco eixos de atuação:
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Produtividade: Incentivo à tecnologia, assistência técnica e pesquisa;
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Qualidade: Conformidade com as INs e mais sólidos de leite;
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Sanidade: Elevação do status sanitário e bem-estar animal;
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Eficiência: Organização da cadeia produtiva para eficiência da indústria e dos produtores;
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Exportação: Incentivos para acesso ao mercado externo.
Para atingir os objetivos estabelecidos em reunião, são sugeridas ações estratégicas como a regionalização e priorização de iniciativas em regiões com maior potencial, a redução da volatilidade de preços por meio de contratualizações e a melhoria da reputação dos lácteos brasileiros no exterior, com foco na rastreabilidade, certificação ambiental e bem-estar animal. A meta é também aprimorar a eficiência nas fazendas, com foco em melhorias genéticas, manejo e alimentação, e a organização estrutural e logística, através de contratualização e fidelização das relações produtor/indústria, formação e segmentação de fazendas de alta produção.