Secretaria da Agricultura defende modelos locais para a diversificação nas propriedades produtoras de tabaco
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O município de Venâncio Aires sediou a audiência pública da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembléia Legislativa, que tratou sobre a resolução 4107, editada pelo Banco Central, no final de junho deste ano, estabelecendo alteração nos critérios de financiamento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O debate sobre a resolução, que pode restringir o crédito para uma parcela significativa de produtores de tabaco, contou com a presença de prefeitos da região, vereadores, sindicatos, deputados estaduais e federais, do governo do estado e entidades como a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Câmara Setorial do Tabaco do Ministério da Agricultura, Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Sindicato da Indústria do Tabaco (Sinditabaco), Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Fumo e Alimentação de Santa Cruz do Sul e Região (Sifa), Sindicato Rural de Venâncio Áires e Sicredi. A resolução assegura crédito para produtores que implantarem alternativas de renda na propriedade. O coordenador da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio no Vale do Rio Pardo, Ronaldo Moraes, reiterou a disposição do governo estadual em ser parceiro do produtor rural. Afirmou, ainda, que o Estado apóia a diversificação de renda produtiva na propriedade, desde que o modelo não seja um projeto pronto e acabado, pois entende que cada região ou micro região, com o apoio da extensão rural e da pesquisa, respeitando o perfil do produtor, pode construir a sua própria forma de diversificar. Segundo Moraes, devem ser valorizados projetos regionais em execução, como o Vitamina, proposto pela UNISC e sete municípios da metade sul no Vale do Rio Pardo. Finalizando, destacou que a Secretaria da Agricultura, recentemente, lançou um grande programa de irrigação denominado Mais Água, Mais Renda que não discrimina a produção de tabaco. Nesta quarta-feira, uma representação estará em Brasília, em audiências com os ministros Pepe Vargas, do Desenvolvimento Agrário, e Mendes Ribeiro, da Agricultura, para discutir formas de mobilização para a 5ª Conferência das Partes (COP 5), que acontecerá em novembro na Coreia do Sul. O objetivo é encontrar posicionamentos de governo que devem ser levados à reunião na Coreia, que busquem a manutenção da atividade dos fumicultores no país. A COP 5 pode estabelecer sanções a produção de determinados tipos de fumo, que tem grande produtividade, principalmente no Estado.