Secretaria da Agricultura entrega modernização de 52ª Inspetoria de Defesa Agropecuária
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O secretário estadual da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, inaugurou nesta quarta-feira, em Giruá, na região Noroeste, a modernização da 52ª Inspetoria de Defesa Agropecuária (IDA) de total de 248 distribuídas pelo Estado.
Capital estadual da produtividade, conforme lei aprovada na Assembleia Legislativa, a cidade tem sido referência na diversificação de culturas e no trabalho de educação sanitária, disse Mainardi. “A política que dá certo é a preventiva. A educação sanitária é prova disso. O mundo exige não só alimentos de qualidade, mas quer saber o que se está consumindo e de onde vem. O Brasil tem um papel fundamental na quantidade de alimentos e sãos”.
O aumento com qualidade depende da defesa sanitária. “A dedicação dos servidores e dos parceiros é que nos faz seguir em frente. Tem gente que ainda aposta que o Estado deve ser mínimo. Não é à toa que as inspetorias estavam sucateadas. Mas são os mesmos que cobram agilidade do serviço público. Nós acreditamos que o Estado precisa ser necessário e dar conta das demandas da sociedade. E essa era uma: dar melhores condições de trabalho aos funcionários e aos produtores”.
Mais de R$ 60 milhões estão sendo investidos no projeto de modernização das IDAs, parceria com o governo Federal e BNDES.
Atingir mercados
A meta de duplicar a produção de leite em dez anos passa também pelo controle de enfermidades. Na opinião do secretário, a erradicação da tuberculose e brucelose é estratégica para poder exportar o produto quando o RS produzir 20 milhões de litros por dia. “Vão sobrar 15 milhões de litros. Até lá deveremos estar consumindo cinco milhões. Nós já vendemos para outros estados. Teremos que começar a vender para outros países, mas com sanidade e qualidade, assim como a carne, que precisa também estar saneada e rastreada”, projeta ele.
Nesse cenário, lembrou que Uruguai e Santa Catarina, que fizeram a identificação individual dos rebanhos e a rastreabilidade, hoje atingem os melhores mercados externos. Santa Catarina, por exemplo, rastreou todo o rebanho – menos de um terço do gaúcho – credenciando-se à exportação de suínos para o Japão, o mercado internacional de maior exigência sanitária e de qualidade.
Na parte genética, o programa Dissemina deve incrementar a produção e a renda da bacia leiteira da região, umas das mais importantes do Estado.
Giruá faz parte da segunda leva de municípios de total de 210 que receberão até o ano que vem um veículo equipado com botijão de nitrogênio e doses para inseminação. Até agora, 20 já começaram o trabalho.
O chefe da inspetoria da Giruá, Robson da Rosa, tem motivos para comemorar. Era difícil, segundo ele, dar conta de mais de 20 mil bovinos e 18 mil suínos com as estruturas anteriores. “Dá para dividir o trabalho de defesa sanitária em duas eras: antes e depois da modernização”.
Em 2013, foram plantados 60 mil hectares de soja e 30 mil de milho. De 134º município no PIB estadual em 2009, a cidade passou para 97º esse ano.