Na quarta-feira (13/8), produtores rurais e moradores de Santo Antônio da Patrulha puderam participar do Seminário de Irrigação, realizado pela da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e Emater/RS-Ascar. A importância e a produtividade de áreas irrigadas foi tema do encontro, onde foi apresentado e debatido o aumento da produtividade agrícola, com a oportunidade de acompanhar a evolução de novas tecnologias para irrigação no RS.

O evento gratuito aconteceu durante a Fenacan, feira que está acontecendo no município, no Parque Municipal Caetano Tedesco.

O subsecretário de Irrigação da Seapi, Paulo Salerno, apresentou o Programa Irriga+ RS do governo do Estado que paga uma subvenção, em parcela única, direta ao produtor rural, para mitigar os efeitos da escassez de água em culturas como milho, soja, pastagem, entre outros, tanto para a implementação quanto para a ampliação de áreas irrigadas no Estado.

Salerno destacou que “o Programa Irriga+ RS teve a sua segunda edição até o dia 29 de julho e agora entrou na elaboração do edital para uma nova fase”. O subsecretário explicou que a irrigação reflete diretamente na economia e no PIB do Estado, apresentando dados de culturas e regiões do Rio Grande do Sul em tempos de estiagem e comparando também regiões que já produzem com sistema de irrigação.

Outra questão explicada pelo subsecretário da Seapi é a importância dos sistemas de irrigação por aspersão, gotejamento e autopropelido (carretel) e da apresentação de um bom projeto na Seapi. “Nós tivemos 1.406 projetos encaminhados e a projeção é de que o Estado vai chegar perto de 30 mil hectares de área irrigada”, finaliza.

Para o assistente regional da Emater/RS, Marcelo Biassusi, “o evento é importante para ampliar os conhecimentos. É um tema crucial para agricultura, tanto pelo excesso como a falta de água. Não se pode pensar em agricultura sem água”, concluiu.

O case de sucesso em irrigação foi apresentado pelo produtor rural José Rogério dos Santos que produz limão em seis hectares no município de Santo Antônio da Patrulha. O pomar já existe há oito anos, conta com três mil pés do citrus e a irrigação é automatizada com distribuição de adubo pelo próprio sistema. Em sua experiência, Santos enfatizou que o importante quando se planeja um negócio na propriedade é começar e se dedicar a fazer bem feito ao que propõe como negócio rural. A propriedade colheu em média 66 t/ha no ano passado com preço médio de R$ 2,12 kg. A maior parte da produção é da variedade taiti e outra de limão siciliano, comercializadas na Ceasa de Porto Alegre.