A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) estará presente na 4ª edição da Virada Sustentável Porto Alegre – que será realizada neste final de semana, em Porto Alegre. O fotógrafo Fernando Dias representa a Seapdr na exposição fotográfica O Mundo em Movimento, com 120 imagens de 31 fotógrafos da Argentina, Brasil, Colômbia, França,Itália, Portugal e Suíça. O conjunto de imagens retrata os deslocamentos humanos, as dificuldades e alegrias vividas pelos migrantes, além dos impactos e contribuições culturais e sociais das migrações para os locais que acolhem refugiados e imigrantes. A mostra estará em cartaz ao ar livre no Ecoponto Redenção (Parque Farroupilha – próximo ao espelho d’água) no sábado e domingo da Virada, dias 6 e 7 de abril, a partir das 10h.

Além de Fernando Dias, participam da exposição organizada por Gilberto Perin e Marcos Monteiro os fotógrafos Alberto Natan, Adolfo Gerchmann, Alexandre Schlee Gomes, Alexandro Auler, Bruno Saavedra, Daniel Herrera, Daniel Muchiut, Fernanda Baumhardt, Flávio Wild, Gilles Dusabe, Genaro Joner, Jorge Diehl, Laryssa Machada, Laura Ortego, Leonardo Savaris, Lorena Marchetti, Luis Pereira, Luiz Carlos Felizardo, Luiz Carlos Vaz, Mário Castello, Nilza Rejane, Óscar Arcila, Raul Krebs, Ricardo Lopes e Walter Nicoliello, além de imagens do Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami de Caxias do Sul, do Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo e do Instituto Cultural Marc Chagall de Porto Alegre.

Segundo a ONU, pelo menos 160 milhões de pessoas vivem fora de seu país por diferentes motivos, seja na busca de melhores condições de vida, em busca de trabalho ou fugindo de guerras. As imagens de O Mundo em Movimento mostram momentos como o da incerteza de mãe e filho no norte do Rio Grande do Sul, no outono de 1978, à espera para ser transportados para uma colônia agrícola na Amazônia, numa foto icônica de Adolfo Gerchmann; a dor de outra mãe e outro filho, migrantes internos no Afeganistão, em agosto de 2018, fotografados por Fernanda Baumghardt; o menino Waldo, fotografado por Nilza Rejane alguns dias após nascer numa calçada de Porto Alegre, em um parto realizado feito pelo PM Luan, pois seus pais Judith e Waki – imigrantes haitianos – não conseguiram chegar a um hospital.

A exposição mostra também a poesia do suíço Gilles Dusabe, que fotografou em detalhe a pele negra para pedir que “consideremos a cor da pele, além do que é visualmente aparente”; os dípticos do português Ricardo Lopes, que mostram a solidão e o abandono depois que um fenômeno de despovoamento atingiu o interior de Portugal, a partir da década de 1960. Fotos do final do século XIX e do século XX, pertencentes a acervos, museus e institutos, revelam o trabalho, as festas e dificuldades dos imigrantes que vieram para o Rio Grande do Sul.