O Secretário Adjunto da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Claudio Fioreze, esteve reunido ontem (23), em Santa Maria com o reitor da UFSM, Felipe Martins Müller e o vice-reitor, Dalvan José Reinert. Parceiro da universidade, o governo do Estado está encaminhando conjunto de projetos e iniciativas para organizar e qualificar a cadeia leiteira, na tentativa de superar alguns gargalos como, por exemplo, a baixa produtividade (o RS tem uma atividade média de 2,3 mil litros/vaca, a melhor do Brasil, mas é menos da metade do que produzem Uruguai e Argentina).

Entre outras políticas do governo, o secretário contextualizou sobre o Programa Estadual do Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite, o Fundoleite, frente a adoção da Instrução Normativa 62 (que estabelece regras sanitárias à cadeia leiteira) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e o concurso público para a fiscalização estadual agropecuária.

Considerando a perspectiva de a cidade transformar-se no “centro de inteligência do leite”, reforçou a necessidade de parceria estratégica com a universidade. “Em função de sua elevada qualificação e estruturação geográfica nos moldes do que foi conhecido nos países mais avançados do mundo nessa área, como Alemanha, Irlanda, Nova Zelândia, Austrália, Israel e Uruguai”, destacou o secretário adjunto.

Fioreze e Reinert também falaram de outros projetos em andamento, parcerias entre UFSM e governo do Estado, através de recursos do edital do programa de apoio aos pólos tecnológicos da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia com contrapartida de 25% da UFSM, o projeto da nova usina escola de leite (bovinos, ovinos e caprinos) e o laboratório de análise da qualidade do leite, em fase de credenciamento no MAPA, para análises de brucelose e tuberculose.

A professora do curso de Tecnologia de Alimentos da UFSM, que participou da conversa, aproveitou para entregar ao secretário adjunto o projeto “Qualidade Microbiológica do Leite e Segurança Alimentar). Busca contemplar os serviços de qualidade do leite e incluir os pequenos produtores no sistema agroindustrial.

Orçado em R$ 957 mil, o projeto também prevê atender a demanda do Corede da região central, podendo estender-se às demais regiões do Estado, por meio de testes microbiológicos, acatando os parâmetros de qualidade sanitária do leite e seus derivados.

Na reunião tratou-se também da situação da parceria entre a Cooperterra e a usina de leite da universidade. Atualmente, a Coordenadoria de Inspeção de Produtos de Origem Animal (CISPOA) orienta melhorias de equipe em instalações e processos produtivos. Pretendem, com isso, aumentar a qualidade e a segurança alimentar dos produtos derivados de lácteos feitos no local, a partir do leite recolhido em dezenas de assentamentos rurais da região centro, abastecendo mercados, merenda escolar, alimentação hospitalar e ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Na pauta entrou a possibilidade de criação de projeto para nova e moderna usina escola.

Também estiveram presentes no encontro o diretor do Centro de Ciências Rurais, Tomé Lovatto, Coordenador Regional da Secretaria da Agricultura, Raul  Vilaverde, Supervisor do Cispoa Regional, Rodrigo Fantinel, Professor do Departamento de Microbiologia, Jéder Herrnan, Diretor do Núcleo de Inovação Tecnológica Sérgio Joan nit e Professor do Departamento de Fitotecnia, Arno Heldwein.