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Abertura da Colheita da Noz-Pecã traz pedido de união e valorização dos preços

Evento ocorreu em Anta Gorda e contou também com seminário técnico no parque municipal da cidade

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Abertura da Colheita ocorreu no Pomar de Nozes Pitol, em Anta Gorda - Foto: Eduardo Patron/Seapi
Por Ascom IBPecan, com informações Ascom Seapi

A 6ª Abertura Oficial da Colheita da Noz-Pecã ocorreu nesta quinta-feira (25/4), com a expectativa de crescimento para o setor. O município de Anta Gorda, no Vale do Alto Taquari, foi sede do evento que contou também com o 6º Seminário Técnico da Cultura da Noz-Pecã, realizado no Parque Municipal de Eventos Aldi João Bisleri, durante a Festleite. Já o Pomar de Nozes Pitol, localizado na Linha Doutor Barbosa, foi palco da abertura da colheita, onde com um equipamento específico uma nogueira foi sacudida para a queda das frutas.

O diretor geral adjunto da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Clair Kuhn, destacou a potencialidade que é a noz-pecã e que é uma atividade que vem crescendo muito nos últimos anos no Rio Grande do Sul. “A ação produtiva começa entre quatro a seis anos após o plantio, mas é uma árvore que dá fruto por mais de 100 anos. Com isso, torna-se possível a sucessão familiar para continuidade dos trabalhos implementados. São investimentos que vêm se consolidando no Estado e que trazem lucratividade para a propriedade rural”, afirmou.

Kuhn também citou a diversificação do uso da noz-pecã, como projetos futuros que vem sendo apresentados para a utilização do fruto em novos produtos, e não somente o consumo in natura.

O presidente do Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan), Eduardo Basso, ao falar na abertura do Seminário, colocou que a cidade de Anta Gorda é o berço da pecan do Rio Grande do Sul e do Brasil. “Conversando com Luizinho Pitol, ele lembrou quando há 40/50 anos descascava e saía para vender o produto em Porto Alegre e região. A história nos mostra que já tivemos momentos de grandes sacrifícios e também de grande progresso”, destacou.             

Conforme Basso, depois de, praticamente, com exportação zero nos últimos três anos, a Nozes Pitol está agora embarcando para o exterior o seu produto e o Brasil exportando   meio milhão de quilos ao exterior. “Nós vivemos um outro tempo, equipamentos melhores e possibilidade de estarmos presente nos melhores mercados do mundo. O IBPecan, que é a associação de todos os produtores, quer mostrar nesse momento que o Brasil consome 20 mil toneladas de nozes e 3 mil de pecan. Portanto, temos um espaço enorme para crescer e para conseguir melhores preços”, salientou o dirigente. 

O dirigente disse ser importante conhecer os custos e saber operar os preços de venda. “Recomendamos a análise de cenários e o IBPecan está à disposição de todos, passando as informações de mercado, de produtividade e de como se organizar para isso tudo”, salientou, dizendo que a Abertura da Colheita é um momento em que além de falar de negócios, também se fala de confiança, de transparência. “Há um crescimento definido no setor, seja na área tecnológica, na área de máquinas,  na área comercial. E isso é mérito de todos nós”, enfatizou.

O presidente do IBPecan finalizou dizendo que o setor está em um ano de safra pequena e por isso é necessário ter muito cuidado e valorizar ao máximo os preços de venda. “Então precisamos mais do que nunca estarmos unidos, termos informações, conhecer os nossos custos e criar boas perspectivas para o setor”, observou Basso.

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Cerimônia reuniu autoridades - Foto: Eduardo Patron/Seapi

Seminário técnico

O coordenador do Programa Estadual de Desenvolvimento da Pecanicultura (Pró-Pecã) da Seapi, Paulo Lipp, moderou o painel sobre “Novos Produtos com Base em Pecã visando consolidar e ampliar mercados”, afirmou que estava trazendo ao evento o reconhecimento da secretaria a todos os produtores. “Sabemos que não é fácil o trabalho na produção agrícola e ainda no ano passado tivemos tantas intempéries. Mas, mesmo assim, o produtor tem que seguir em frente. A marca da noz-pecã é a persistência e a longevidade”, destacou. O painel contou com palestras da engenheira agrônoma Victória Pitol, da Nozes Pitol, Joelcio Chiamulera, da Pecanita Agroindustrial, e da engenheira de alimentos, a doutora Gabriela da Rocha Lemos Mendes, do Senai.

O Seminário Técnico também teve os painéis “Sistema de Precificação de Nozes pelo conteúdo adotado por Estados Unidos e México” e “Cuidados no momento da colheita e da preparação e conservação para o embarque para exportação ou para o mercado interno - Controle de qualidade das nozes”.

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