A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, com a participação da Fetag e Farsul, vai renovar convênio de cooperação técnica com a Souza Cruz, para estimular o plantio de milho e feijão na resteva do fumo. O convênio existe desde 1984 e vem sendo renovado anualmente.

O assunto foi tratado na tarde desta quarta-feira, na Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, em encontro que reuniu o secretário Luiz Fernando Mainardi, o presidente da Farsul, Carlos Speroto, o presidente da Fetag, Elton Weber, e o diretor regional de operações agrícolas da Souza Cruz, Pedro Malta Campos.

A medida, ao mesmo tempo que possibilita a cobertura do solo, utiliza os resíduos da adubação da cultura do tabaco, proporcionando, ainda, diversificação de atividade na propriedade com o plantio do milho e do feijão, para a subsistência com a venda dos excedentes.

Hoje, são mais de 80 municípios abrangidos por esta iniciativa, que alcança 25 mil produtores de milho e 3.800 de feijão.O objetivo é chegar a 46 mil hectares plantados com milho, com a produção de 161 mil toneladas, e 6,6 hectares com feijão, com previsão de produção de 7,2 toneladas.

O convênio deve ser assinado na primeira quinzena de janeiro, no município de Venâncio Aires, juntamente com a realização de um ato em defesa da diversificação em áreas de cultivo do tabaco.

O secretário Mainardi disse, na ocasião, que o Estado participa deste projeto porque é importante que o plantador de tabaco não seja apenas fumicultor, mas que se transforme em produtor rural, com a diversificação das atividades.

O presidente da Fetag, Elton Weber, assegurou a parceria da entidade porque a ação contempla a proposta de diversificação de atividades na pequena propriedade. O presidente da Farsul, Carlos Speroto, destacou que a proteção do solo pós colheita do tabaco e a possibilidade de outra fonte de renda ao produtor justificam a iniciativa.

Por sua vez, o gerente da Souza Cruz, Pedro Malta Campos, afirmou que a ação contribui para a sustentabilidade dos agricultores.