A colheita oficial do feijão no Estado, uma das principais culturas da região Centro Serra, teve início neste sábado (05) em Sobradinho, na propriedade de Tarcísio Cereta. O secretário estadual da Agricultura, Claudio Fioreze, disse que a leguminosa tem boas perspectivas  de aumento de consumo, produção, mercado externo e novas tecnologias.

Depois da abertura, o governador Tarso Genro e o secretário participaram da abertura da 15ª Festa Estadual do Feijão, no “Parque do Fejão”, destacada pela qualidade do produto cultivado na região. O município se destaca com 150 hectares plantados entre safra e safrinha.

As políticas públicas de incentivo à produção e de crédito tanto do Estado quanto da União têm contribuído para os recordes de safras dos último anos, destacou Tarso. “Já desenvolvemos três Planos Safra e colocamos o cultivo do feijão como uma das tarefas que deve ser articulada junto às prefeituras e associações. E que, dessa forma, possamos trabalhar de maneira harmônica, cívica e educada como é a tradição do nosso Rio Grande do Sul”, pontuou o governador, afirmando que aumento de renda e qualidade de vida no campo norteiam os trabalhos do governo.

O Brasil é o maior produtor e maior consumidor de feijão do mundo. No RS, ainda tem espaço para crescimento. Já foi no país uma das principais atividades rurais na década de 1970. Em conjunto com a cadeia produtiva, a Câmara Setorial da Secretaria da Agricultura trabalha para garantir preço mínimo e estabelecer mecanismos de correção que poderiam, por exemplo, equivaler a três vezes o valor de mercado da soja, assim como aconteceram com o arroz depois da crise de 2011. Nas pequenas e médias propriedades, o programa RS Mais Grãos, por exemplo, vai incentivar a diversificação da produção junto aos fumicultores, gerar mais renda para os agricultores, produção e dividas para o Estado.

“Estamos discutindo metas importantes para essa cultura. Hoje plantamos 100 mil hectares. Houve mudanças não tão positivas ao longo dos anos, mas  a cultura do feijão ainda é socialmente muito importante”. No Rio Grande do Sul, mais de 50 mil famílias obtém renda do cultivo. “É uma cultura que faz parte da dobradinha preferida do Brasil, o arroz e feijão”.

Os debates na Câmara Setorial também sugeriram, numa perspectiva de médio prazo, criação de Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Feijão e do o Instituto Gaúcho do Feijão, a exemplo do que já têm o arroz, a vitivinicultura e, mais recentemente, o leite. Outra meta é o incentivo à irrigação, assim como acontece em maior escala em grãos como milho.

 A festa

A entidade “Fejão” foi constituída para estimular o desenvolvimento das atividades agrícolas, industriais e comerciais de Sobradinho, através de feiras regionais a internacionais. De caráter regional, é administrada por comissão de membros natos, a qual elege diretoria executiva para cada edição.