Produção agrícola e artesanato quilombola em destaque neste sábado (22) em Pelotas

Publicação: 19/01/2022 às 15h15min

Aulão gratuito de dança na Feira Agroecológica do Quilombo do Algodão, em Pelotas - Foto: Imagens/Divulgação Seapdr

A valorização dos saberes tradicionais e da cultura afro em destaque neste sábado (22) em Pelotas, na zona sul do Estado. Com apoio da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), que através de suas políticas públicas fortalece a produção e a cultura quilombola, ocorre na parte da manhã um aulão gratuito de dança na Feira Agroecológica do Quilombo do Algodão e, na parte da tarde, uma oficina de bonecas Abayomi.

“A proximidade da Secretaria com estes públicos é muito importante para incentivar a cultura, estimular o artesanato e a produção na zona rural”, afirma Sérgio Dorneles, coordenador de programas da Seapdr.

A oficina de bonecas Abayomi ocorre das 14h às 17h, na sede da Associação das Vilas FRAGET, no bairro Fragata. O encontro busca fazer um resgate histórico, cultural e antropológico das bonecas feitas de retalhos, sem cortes. A origem deste fazer remonta às travessias dos navios negreiros da África para o Brasil.

“Essas bonecas contam uma história muito emocionante. As mães rasgavam suas saias longas e faziam bonecas de nós para os seus filhos. A base dessas bonecas são rasgos e nós”, conta a artesã Luciana Lopes, que vai ministrar a oficina. “Esta boneca significa zelo, significa aconchego”, destaca.

Já o aulão gratuito de dança afro ocorre às 11h na Feira Agroecológica do Quilombo do Algodão, ao lado da Prefeitura de Pelotas. Ele está sendo organizado pela Cia de Dança Afro Daniel Amaro, com apoio do Grupo de Apoio ao Esporte e Cultura (GAEC) e do Grupo Agroecológico Quilombola Akotirene.

“O aulão tem por objetivo fortalecer a cultura afro através da dança e incentivar o consumo consciente, que valoriza os produtos da terra, como aqueles produzidos no Quilombo do Algodão’, destaca o diretor, coreógrafo e professor da Cia de Dança, Daniel Amaro.

“Os dois eventos são muito importantes para resgatar a cultura afro, mostrar a importância da produção orgânica, do consumo consciente e da segurança alimentar”, ressalta Alceone dos Santos, técnico em meio-ambiente e membro do GAEC, organizador dos eventos.