Secretário Edivilson Brum participa da abertura do seminário de agricultura e meio ambiente da Famurs
Renegociação das dívidas dos produtores rurais e a importância da irrigação estiveram entre os assuntos do evento
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O secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Edivilson Brum, participou nesta quarta-feira (2/6) da abertura oficial do 24º Encontro de Secretários e Dirigentes Municipais de Meio Ambiente e do 32º Seminário de Secretários Municipais de Agricultura promovido pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs).
Brum frisou “que 40% da nossa riqueza advém do agro, a cada um real produzido na agricultura no agro, é um dólar no fomento de toda economia de tudo aquilo que se expande”. O secretário cobrou ações práticas da União que “não aceitam a renegociação, não aceitam o alongamento das dívidas que é fundamental para nossa agricultura, para nossa economia, para nossa riqueza e pela nossa dignidade, e por tudo aquilo que nós representamos pelo agro nacional”, afirmou.
A presidente da Famurs, Adriane Perin de Oliveira, iniciou dizendo que “aqui no Rio Grande do Sul, agricultura não é apenas um setor, ela é identidade, ela é o sustento, é a nossa vocação”. A presidente da entidade também destacou os desafios das enchentes e das políticas agrícolas para as dívidas dos produtores rurais.
Irrigação e Resiliência Climática
O subsecretário de Irrigação da Seapi, Paulo Salerno, também participou do evento e apresentou o painel – Alternativas para o fomento das atividades de irrigação – destacando que o Rio Grande do Sul, nos últimos 20 anos, sofreu com seis estiagens severas, quebras de safras e variação no preço de produtos agropecuários (volatilidade econômica).
Salerno explicou que é preciso aumentar a reservação de água e áreas irrigadas no RS para mitigar os efeitos climáticos e com isso reduzir prejuízos de produtores, ampliando a produtividade e, consequentemente, impulsionando a economia.

O subsecretário apresentou o Programa Irriga+ RS do governo do Estado, que prevê um apoio financeiro de 20% do valor do projeto, com valor benefício de até R$ 100 mil por pessoa. “Nós estamos debatendo uma terceira fase que pode ampliar para 150 mil este limite, e também temos defendido que os projetos menores sejam ampliados para 30%”, informa.
A subvenção é paga em parcela única direta ao produtor rural, para mitigar os efeitos da escassez de água em culturas como milho, soja, pastagem, entre outras culturas.
Paulo Salerno acrescentou que o edital está aberto (Confira aqui) para receber projetos até o dia 29 de julho de 2025, contemplando sistemas de irrigação por aspersão, irrigação localizada (gotejamento/microaspersão), por sulcos e de reservatórios de água para fins de Irrigação com projetos financiados por instituições de crédito ou por recursos próprios.
Estiveram presentes no evento o presidente do Tribunal de Contas do Estado do RS, Marco Peixoto; os secretários de Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, e o de Desenvolvimento Rural, Vilson Covatti; além de representantes de outras instituições e órgãos.