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Palestra debate agregação de valor ao agronegócio brasileiro

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Com uma produção de grãos que deve chegar aos 186 milhões de toneladas na safra 2012/2013, o valor do agronegócio brasileiro discutiu hoje à tarde na 36ª Expointer, agregação de valor, commodities e ascensão a outros mercados internacionais.

A palestra, promovida pela Federasul e Jornal Zero Hora, movimentou os debates no primeiro dia da feira. O secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi, apontou alguns avanços e gargalos do setor.

De um lado, destacou o investimento do governo Federal em armazenagem, cujos créditos para financiamento chegam a R$ 25 bilhões. De outro, retratou a situação que ocorre no RS com as culturas do milho e da soja e que precisa ser resolvida.

Segundo ele, dos 2,7 milhões de toneladas produzidos aqui, apenas 300 mil ficam para o consumo interno. O restante é exportado para outros estados. Aparentemente, não pareceria um processo tão estranho se o que falta para suprir a demanda não fosse importado, e com ICMS. “Compromete as cadeias que precisam de grãos, como a de aves, por exemplo”, falou o secretário. Na questão do milho não é diferente: das 2 milhões de toneladas, praticamente toda a produção vai embora do Estado.

No momento em que começa a faltar, importa-se do Centro-Oeste. “Além de medida burra, ataca diretamente a questão da infraestrutura de escoamento”, disse Mainardi.  “Não tem sentido ter que enfileirar 70 mil carretas, que dá a distância daqui a São Paulo, para trazer o mesmo produto produzido aqui e com imposto sobre ele”.

Para Antônio Domingos Padula, professor da UFRGS que trabalha com pesquisas nas áreas de Competitividade Industrial, Estratégia Tecnológica e Agronegócios, 70% do agronegócio está fora da porteira. Ainda existe a falta de informação ou informações equivocadas sobre o que representa a cadeia, segundo o pesquisador. Embora o Brasil continue a ser celeiro de grãos do mundo, ele diz que “não dá pra seguir indo pra fora do país de forma mercantilista”.

O mercado internacional não serve apenas para vender, afirma. “Precisamos participar do processo de consumo e da economia dos outros países”. Na opinião do professor, há empresas globais tão aculturadas em outros países – inclusive no Brasil – que a população consome seus produtos e acham que são brasileiros. Como exemplo, cita a Braslian Foods, a Bunge, dentre outras. A palestra foi realizada na sede da RBS, na Expointer.

 

 

Texto: Daniel Cóssio Porto
Edição: Redação Expointer

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